Em entrevista ao jornal O Hoje, o presidente da Agetop, Jayme Rincón, um dos auxiliares mais próximos do governador, diz que “é real” a chance do tucano Marconi Perillo não ser candidato em 2014.
Ele diz que o governador tem admitido essa possibilidade em conversas corriqueiras, segundo registrou o jornal.
Veja a reportagem completa:
É real a chance de Perillo não ser candidato
Jayme Rincón, amigo e escudeiro do governador, diz que ele tem admitido essa possibilidade em conversas corriqueiras
Flávia Guerra
Fiel escudeiro do governador Marconi Perillo (PSDB), o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, confirmou ontem que o tucano tem admitido, em encontros corriqueiros, que pode mesmo não sair candidato à reeleição no ano que vem. Marconi falou sobre o assunto na terça-feira, quando comentava as pesquisas realizadas pelo Instituto Serpes, que davam como reais as chances de êxito na disputa. Na ocasião, o governador disse serem pequenas, “quase impossíveis”, as chances de disputar novamente o Palácio das Esmeraldas.
Rincón confirmou o que foi dito por Marconi, sobre a “satisfação” de já ter concluído três mandatos à frente do Estado. Segundo o auxiliar, o governador está focado em cumprir os compromissos de campanha e não quer adiantar os debates sobre as eleições estaduais. “Ao falar sobre a possibilidade de não sair (candidato), Marconi também dá recado aos auxiliares, de que não quer debate neste momento”, opina Rincón. A discussão, neste momento, poderia atrapalhar as ações do governo.
Segundo o presidente da Agetop, se as eleições fossem hoje, Marconi não disputaria. “Isso eu tenho segurança de dizer”, pontua. Amigo pessoal do governador, Rincón explica que, nas eleições de 2010, Marconi tinha motivação especial para se candidatar. “Ele foi traído politicamente, foi apontado como alguém que tinha deixado o Estado em colapso. E não era isso. Ele queria provar que pegou o Estado em situação difícil e conseguiria recuperar, como já tinha feito em 1998”, explica. Para ele, no entanto, o tucano terá condições reais de sair candidato e vencer a disputa.
Marconi Perillo teria admitido, inclusive, que pode não se candidatar a nenhum outro cargo. “Ele já falou em concluir o mandato e trabalhar para eleição de um sucessor”, revela. A declaração feita na última terça seria ainda um recado aos aliados, para que não confiem totalmente na sua candidatura e comecem a pensar em outros nomes. O único fator que motivaria Marconi a brigar pela reeleição viria da oposição: o lançamento de Iris Rezende (PMDB) como opositor na corrida eleitoral. “É o embate que todo Estado espera. Marconi não desistiria porque poderiam dizer que ele teme a disputa”, completa Rincón.