A oposição em Goiás é como todo bloco político, em qualquer parte do mundo: tem de tudo, desde fisiológicos, apaixonados, excêntricos e até mesmo, embora poucos, aqueles que são sinceros na escolha e no exercício da sua opção política.
O caso da inicialmente misteriosa e depois esclarecida retirada das assinaturas de deputados oposicionistas nos requerimentos de criação de CPIs na Assembleia Legislativa é bem emblemático dessa situação e expõe com clareza a multiplicidade de interesses – inclusive fisiológicos – que prolifera no segmento político que atua contra o governador Marconi Perillo
A oposição goiana é frágil. Os deputados que retiraram as suas assinaturas teriam sido convencidos pelo presidente da Assembléia, Helder Valin, a mudar de posição em troca de cargos e outras vantagens como ajuda de custo para viagens internacionais, benesses que são moedas tradicionais dentro do jogo de interesses no Legislativo estadual.
Mais um item teria sido oferecido por Valin: sigilo absoluto. E aí o erro dos parlamentares que aceitaram a proposta foi acreditar. O presidente da Assembleia é conhecido por não guardar segredo e é claro que não deixaria de se vangloriar do feito, que serviu para fortalecer o seu prestígio junto ao Palácio das Esmeraldas.
De resto, em política não há segredo que dure para sempre.