quarta-feira , 8 maio 2024
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Gustavo Mendanha disse que internação em UTI foi pior experiência de sua vida


Entrevistado pelo jornalista Marcos Nunes Carreiro (O Popular), o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, comentou sobre a trombose venosa que o acometeu e o levou a ser internado nove dias na UTI do Hospital Santa Mônica. “A internação na UTI foi a pior experiência da minha vida”, afirmou.

 
Leia a íntegra da entrevista publicada em O Popular:

“O que de fato o levou ao hospital, prefeito?

É difícil saber. Esse primeiro momento é de melhorar as condições físicas para depois descobrir a causa, mas a verdade é que, cerca de 30 dias atrás, comecei a ter uma dor de cabeça muito forte e tomando medicação. Procurei orientação médica, mas há uma semana fui a São Paulo visitar o Hospital Sírio-Libanês, devido às parcerias que temos no município, e no voo de volta, por conta da pressão atmosférica, tive uma dor de cabeça muito forte. Quando cheguei a Aparecida procurei um hospital e, num primeiro exame, não foi detectado que eu tinha um problema tão sério. Nos três dias seguintes fiquei em casa e, na terça-feira de Carnaval, tive uma dor de cabeça muito forte, comecei a vomitar e perdi peso na semana anterior à internação. Nesse momento, procurei o hospital e o dr. Chico (Francisco Azeredo Bastos) detectou que eu estava com trombose venosa profunda. Dali, já fui direto para a UTI. Tomei os anticoagulantes e não houve necessidade de procedimentos cirúrgicos. Fiquei cinco noites e quatro dias na UTI, o que foi um momento muito difícil, e hoje (ontem) os médicos me liberaram para vir para casa, mas continuando o tratamento. Vou tomar o anticoagulante pelos próximos de três a seis meses com o acompanhamento médico. O problema foi sério, mas não tive nenhuma sequela, o que é comum nesses casos. Talvez pela idade (37 anos) ou até mesmo pelas atividades físicas. Acredito muito em Deus (é evangélico) e a fé das pessoas também foi muito importante para que eu me restabelecesse.

O sr. disse que ainda não se sabe a causa. Quais possibilidades foram apresentadas?

Minha cabeça encheu de sangue (teve trombose venosa profunda nas veias do cérebro), então, é difícil saber, mas pode ser minha perda de peso excessiva, falta de aminoácido, a desidratação – eu faço muita atividade física e bebia pouca água, confesso. Pode ser algum suplemento que eu estava tomando por conta dos exercícios e sem orientação médica. Passei por uma cirurgia há alguns dias e pode ser consequência disso ou a soma de fatores. Pode ser algo hereditário também. Vamos fazer exames para isso. Agora, confesso que não estou muito preocupado em descobrir a causa. O momento é de ter tranquilidade para restabelecer minha saúde e, daqui a alguns meses, saber a causa e buscar tratamento para outras coisas que possam vir a partir daí.

O sr. postou nas redes sociais todo o processo da sua mudança de hábitos alimentares e de atividades físicas que resultaram na perda de peso. Diante desse cuidado com a saúde que gosta de mostrar, que reflexão fica do episódio?

Passei 12 anos da minha vida comendo muito, consumindo muito doce e frituras e sem atividade física. Passei todo esse tempo com uma vida desregrada. Há um ano que isso mudou. Então, pode ser que esses 12 anos acarretaram problemas que não percebi. Eu fiz um check-up há 30 dias com um cardiologista e, nessa parte, estava 100%. Aliás, pode ser por isso que não tive sequelas. Se isso ocorresse há um ano, eu provavelmente não estaria aqui. A partir de agora vou cuidar ainda mais da minha saúde, buscar mais orientação médica, porque às vezes a gente vive lendo coisas na internet e faz coisas sem supervisão. Mas minhas condições atuais me garantem viver muito ainda.

Está com ordens para descansar, mas mesmo internado postou vídeos nas redes sociais dizendo à população para continuar mandando suas demandas. Como fica?

O médico me disse que, nos próximos 20 dias, não é para eu ter nenhum tipo de estresse. Mas, como tenho uma equipe competente, me afastei do cargo formalmente para que tivesse lá um prefeito – primeiro o presidente da Câmara (Vilmar Mariano, do MDB) e depois o vice-prefeito (Veter Martins, do MDB, que volta de licença médica no início da próxima semana) – e minha equipe está determinada a cumprir o que sempre fizemos. Agora, as redes sociais servem para melhorar essa relação com a população e tudo o que chega para mim demandamos às secretarias e damos resposta.

Mas ficará off nos próximos 20 dias?

Sim, mas de vez em quando vou dar uma ligada para os secretários. (risos) Mas pretendo refletir a vida nesse tempo. Às vezes, essa correria traz muito estresse e deixamos de dar valor a coisas que não são importantes. É um momento de reflexão. É um milagre eu estar vivo.

O sr. diz que os momentos na UTI foram difíceis. Como?

Quando se vai para a UTI, pensa-se que é um lugar para ser assistido na sua morte. No primeiro momento, o médico não falou nada, só para minha esposa (Mayara) e meu pai (Léo). Tive a oportunidade de ver que as pessoas são muito bem tratadas, mas é um ambiente hostil, mesmo que tenham deixado minha esposa ficar a meu lado. Mas foi a pior experiência que já passei na vida.

Um dos políticos que te deram apoio nas redes sociais foi o deputado federal Glaustin da Fokus (PSC), que pode ser seu adversário na eleição de outubro. O que espera dessa campanha?

Não me preocupo com isso agora. Terei 20 dias para refletir sobre a vida e as questões políticas. Minha situação atual é muito tranquila e, independente de quem vier, eu estando bem (de saúde), não me preocupa. Trabalhei muito pela cidade durante três anos e quatro meses. Então, as pessoas sabem quem sou e o que fiz pela cidade. Não tenho dificuldade para enfrentar qualquer adversário. Quem tem que mostrar alguma coisa são eles, que às vezes nem têm vida com a cidade. E tenho uma boa relação com Glaustin, com Professor Alcides (deputado federal pelo PP) e com Delegado Waldir (deputado federal pelo PSL), que são nomes cogitados.

Esse episódio afeta em alguma coisa sua pré-campanha?

O governador (Ronaldo Caiado, DEM) tem interesse de ter candidato com potencial na cidade e já foi atrás de vários nomes e não conseguiu. E acho que Glaustin não será candidato.

Por quê?

Tenho conversado muito com ele e não vejo disposição de sua parte. Me visita sempre.

O governo precisa marcar posição política nas principais cidades?

Minha relação com o governador melhorou muito. Agora, em eleição, cada momento é um momento. E vejo disposição de pessoas ligadas ao governo na cidade de caminharem comigo. A avaliação que tenho que fazer é se isso é bom ou ruim, do ponto de vista das alianças que já tenho.”