sexta-feira , 15 novembro 2024
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Texas suspende pena de morte por conta da pandemia do coronavírus

John William Hummel ganhou pelo menos mais 60 dias de vida, graças ao coronavírus. A execução de sua pena de morte estava marcada — e preparada — para esta quarta-feira (18/3). Mas um tribunal de recursos criminais do Texas, que havia rejeitado, em uma última audiência, todas as tentativas da defesa para preservar a vida de Hummel, concordou com uma advertência final do advogado: será muito perigoso reunir todo mundo em uma sala para a execução, por causa da pandemia do coronavírus.

O tribunal ordenou a suspensão da execução por 60 dias, porque, na verdade, ela iria reunir muitas pessoas, entre executores e testemunhas, no local. Além da equipe na pequena “câmara da morte” da penitenciária estadual em Huntsville, estariam presentes em uma sala adjacente autoridades correcionais, advogados, médicos, familiares e amigos do prisioneiro e de suas vítimas.

As vítimas foram membros da própria família de Hummel, que foram assassinados por ele, segundo a sentença condenatória proferida em 2011. Ele foi condenado por matar sua mulher a facadas, seu sogro e sua filha com um taco de beisebol. Tudo porque queria ficar livre para se relacionar com uma mulher que ele conheceu em um armazém, segundo o Jornal da ABA (American Bar Association) e a CBS.

O Departamento de Justiça Criminal do Texas havia feito todos os preparativos para a execução. Isso incluía uma triagem de todas as pessoas que fossem à penitenciária para participar da execução ou testemunhá-la. O teste de coronavírus, em si, não estava previsto, porque os kits estão em falta no país. As pessoas seriam interrogadas sobre sua saúde, suas viagens e possível exposição ao vírus. (Consultor Jurídico – Conjur)