sábado , 27 abril 2024
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Joel Braga Filho diz que foi vítima de preconceito por ter contraído a covid-19

O diretor de Articulação Política da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Joel Sant’Anna Braga Filho, de 57 anos, e ficou 12 dias hospitalizado no Hospital do Coração Anis Hassi por causa do novo coronavírus, acredita que o comportamento hostil das pessoas em relação aos doentes parte do medo do desconhecido. “As pessoas estão muito assustadas e não sabem lidar com o problema. Como é uma doença que ainda não tem tratamento específico e nem vacina, elas agem assim”, afirma.

Joel, que contraiu a doença depois de voltar de uma viagem para Portugal e ter passado por São Paulo e tem asma e bronquite, foi hospitalizado no último dia 14 e no mesmo dia surgiram boatos no condomínio onde ele mora de que havia disseminado a doença. “Pegaram o filme da academia em que eu aparecia uma semana antes do aparecimento da doença e colocaram nos grupos, dizendo que eu estava espalhando o vírus. Além disso, afirmaram que eu estava em uma festa que nunca participei”, esclarece.

Filho explica que quando os boatos surgiram ele estava em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – onde permaneceu por cinco dias por causa de uma pneumonia – e quem teve de lidar com a questão foi a esposa dele. “Ela que sofreu e não me contava o que estava acontecendo para não atrapalhar a minha recuperação”, diz.

O diretor que está se recuperando em casa e deve ter alta neste sábado (4) afirma que o apoio da família, amigos e colegas de trabalho foi essencial. “É muito importante para a recuperação do doente. Como a baixa imunológica afeta a recuperação, o bom estado psicológico do paciente é muito importante para se restabelecer”, esclarece.

Joel afirma ainda que é preciso que as pessoas lidem com a doença com a seriedade necessária. “Sofri na pele como é ruim ter de ir para uma UTI isolada e não saber o que vai acontecer. Por isso, digo para que todos sigam todos os procedimentos que estão sendo pregados pelos órgãos de saúde. Só quem teve a doença pode falar”, finaliza.