A partir de abril, o autoproclamado candidato a governador Vanderlan Cardoso passará à condição de vítima do famoso ditado que diz: diga-me com quem andas, eu te direi quem és.
Ficou para o quarto mês do ano a filiação do ex-prefeito de Senador Canedo ao PSC, partido que nos últimos dias bateu todos os recordes negativos possíveis em Goiás e no cenário nacional.
Vanderlan se tornará companheiro de legenda de duas figuras bastante citadas no noticiário político do Estado e do País nos últimos dias: o deputado estadual Simeyzon Silveira e o deputado federal Marco Feliciano (SP).
Simeyzon protagonizou uma lambança que ficará para história da Assembleia Legislativa: ele assinou, “desassinou” e depois assinou outra vez os requerimentos que pediam a instalação de CPIs contra o governo. Neste vaivém, brigou com todo mundo. Foi chamado de “bandido” pelo ex-companheiro Ronaldo Caiado e de “frouxo” e “pipoqueiro” pelo marqueteiro Ademir Lima.
Feliciano, por sua vez, transformou-se em figura de projeção nacional por suas posturas radicalmente homofóbicas e por ter sido conduzido, de forma bastante incoerente, à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Graças, principalmente, à articulação do partido que abrigará Vanderlan – que é evangélico, a exemplo do parlamentar eleito por São Paulo.
HISTÓRICO VEXATÓRIO
A trajetória do PSC em Goiás é pouco gloriosa. Por anos a fio, a legenda submeteu-se aos caprichos do ex-deputado federal Euler Morais, que por sua vez transformou o PSC em satélite de Iris Rezende e do PMDB. Euler usou o PSC para conseguir sinecuras, como a Secretaria de Esportes de Goiânia e a Secretaria Municipal de Turismo.
Euler desfiliou-se em 2010, em função da decisão da Executiva Nacional do PSC de apoiar a candidatura de Marconi Perillo a governador. O partido estava pior do que sempre estivera. Acabou por conseguir um deputado estadual naquela eleição (Carlos Antônio) e deixou Simeyzon na suplência.
Vanuza Valadares, que concorria à reeleição, amargou resultado pífio.