sexta-feira , 3 maio 2024
Goiás

Sindicato dos Médicos aponta fracasso do projeto de Dilma pela baixa adesão de profissionais

Veja matéria publicada pelo jornal O Popular:

Simego aponta fracasso de iniciativa

07 de agosto de 2013 (quarta-feira)
A baixa adesão de médicos ao programa federal foi considerada como fracasso da iniciativa governamental por entidades da categoria. O secretário comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo, ressalta que nem mesmo os estímulos dados pelo Ministério da Saúde foram capazes de atrair profissionais aos locais mais afastados. “Fica uma questão: essas vagas não foram preenchidas porque faltam médicos ou porque eles não têm condições de trabalhar nesses lugares?”, questiona.

Robson Azevedo sustenta que ficou claro que os médicos não se estabelecem no interior por causa de dinheiro. Ele argumenta que o programa federal apresenta fragilidades, sobretudo ao “colocar os médicos no centro dos programas”. O médico aponta outro motivo para a pequena procura por vagas abertas no programa: uma suposta falha no sistema de comunicação do Ministério da Saúde na validação dos registros profissionais.

“O governo insiste na tese de boicote dos médicos, mas não sabemos se eles afirmam isso de forma calculada. Há vários relatos de profissionais que tentaram se inscrever e não conseguiram”, afirma Robson Azevedo. Ontem, o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou uma nota na qual afirma que os brasileiros foram prejudicados e que encaminhou denúncia ao Ministério Público e à Polícia Federal.

De acordo com o CFM, alguns médicos que estavam dispostos a trabalhar em cidades do interior, consideradas de difícil acesso, não tiveram suas inscrições homologadas para essas cidades. Na nota, o conselho afirma que esses profissionais acabaram lotados em capitais ou regiões metropolitanas.

Dos 938 médicos que homologaram a inscrição para atuar em todo País, 51,8% vão trabalhar em periferias de capitais e regiões metropolitanas. Segundo o balanço do ministério, 7,3 mil registros profissionais foram considerados inconsistentes: 6.341 porque os médicos teriam deixado o campo em branco e 171 por terem preenchido com caracteres inválidos, como “xxx”, “000” ou “—”.