sexta-feira , 19 abril 2024
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(EXCLUSIVO) No artigo “A voz das multidões caladas”, jornalista Batista Custódio declara voto em Maguito para prefeito de Goiânia

LIRAS DA LIBERDADE

A VOZ DAS MULTIDÕES CALADAS

BATISTA CUSTÓDIO

Não parei de escrever artigos. Parei de publicá-los. Escrevo aos embalos do pensamento na inspiração e guardo a conselhos do sentimento na meditação. Sei, e em breve verão que sei, que nada mais ficará encoberto na Terra, e não serei portador de sofrimentos ao antecipar as dores que estão à espera nas feridas que advirão nos que se julgam intocáveis. Os que se endeusam nos mandos ao povo verão, tardiamente, que o lugar onde se fica sozinho no mundo, totalmente, é na cadeira dos poderes.

Os chefes de tribunais carecem aprender as lições de sabedorias que o menino Jesus deu aos Doutores da Lei. Os chefes de igrejas merecem receber as relhadas dadas pelo moço Jesus na expulsão dos Vendilhões do Templo. Estamos na confluência de duas profecias cumprindo-se seletivas do Bem e do Mal na Humanidade. A da ida dos maus da Terra, prometida pelo apóstolo João Evangelista. A da vinda dos bons para o Planeta, revelada pelo santo João Bosco. A predição do João da Galileia é perceptível no desmoronamento mundial dos impérios da corrupção. O vaticínio do João da Itália é visível na 8ª Maravilha do Mundo em Brasília.

Mas existem os refinados de imponência nas falácias e esvaziados de conhecimento no conteúdo, que não se enxergam nas arrogâncias da ignorância, e estão comuns nos chefes de Estado que se acercam de bobos no governo. São julgadores e julgados que, se tiverem uma ideia, caem ao chão, e se igualam nos que procuram defeitos em outros para apontá-los em sua inveja e nos que não encontram méritos em si para mostrá-los nas virtudes; e, por isso, convivem nas franquias da mentalidade comercializada na devastação das terras, onde a fome das riquezas produz as fomes da pobreza, e na poluição dos rios e dos mares, onde é mais fácil achar água pura nos esgotos do que descobrir fortuna limpa nos ganhos.

As culpas dos erros na Humanidade estão à mostra na inocência à tona em todos nós. Não há divisas donatárias das raças. Todas fronteiras sociais cairão até não restar mais no dinheiro a mancha de Judas. Os Caims estão com os dias contados nos anos desta travessia planetária. A paz será a bandeira de lutas na unicidade dos enxutos de ódio. A altura de todo valor humano terá a medida da honra. É o princípio do verdadeiro no apego a Deus e o fim dos que mentem a fé nas orações, devotos ao dízimo.

Está começando o tempo do período uno ao idealismo e acabadas as épocas do ciclo diversificado oportunismos. É o princípio da consagração do ideal no cívico dos patriotas e o fim da profanação cínica dos negócios públicos nos apátridas, associadas aos incentivos fiscais. Há exceções, explícitas em toda regra geral, mas, em verdade, a vida pública entupiu-se de políticos carentes de apedrejamentos de livros dentro da cabeça e de vistorias na consciência.

(Tem gente nos pobres e nos ricos que, quando se for desta vida, o Lúcifer pode sequestrá-los e passar algumas horas aprendendo com eles.)

A aliagem de preitos nos pleitos ressabiou a confiança da opinião pública. 60% do eleitorado está desencantado nestas eleições. Não é sem razão. Presenciar o elenco das candidaturas e ouvir as promessas nas legendas dos programas do TRE na televisão, a vontade de votar é a de ir ao cinema para assistir reprises do filme com os mesmos artistas trocados de papel, piorados nas interpretações.

(Se tirar a roupa da história deles, a maioria fica imprópria para menores nas vestes íntimas das biografias.)

Comparados os planos de metas dos prefeitáveis de Goiânia, caso houvessem nos estúdios a troca das vozes e das imagens nas gravações, os telespectadores não notariam a diferença nas semelhanças repetidas nos focos das engabelações populares nos sofismas da demagogia eleitoreira. Entrelaçam-se ao óbvio notório nas consequências iminentes de uma sublevação social nas massas do desemprego e nas órbitas da saúde pública. Ridicularizou-se, levianos, mas anunciações vagas das soluções econômicas e absolutamente sem detalharem as minas de onde extrairão os recursos.

(Diversos falam mal uns de outros como se olhassem-seno espelho.)

O enfrentamento do caos alarmante nos desempregos e abísmico na saúde pública é emergencial e inadiável, porém com efeito provisório no resultado. A causa prioritária de todos os retrocessos estagnantes do Brasil nos atrasos é a precariedade de investimento maciços na educação. É necessário baratear os custos excessivos da manutenção faraônica no governo. Cortar as mamatas dos marajás nos cargos públicos. É fundamental reativar as escolas públicas e fomentar o ensino profissionalizante. Incentivar as pesquisas científicas, aplicar intensivamente nas áreas do conhecimento, promover instalação de bibliotecas, promover o retorno à leitura de livros e obrigatorizar a intelectualização dos líderes goianos.

(Pessoa inteligente sem o conhecimento é pássaro sem asas, porque a única riqueza das honrarias na Terra é a que se leva para o Céu.)

Tudo que é secreto esconde na covardia. Sempre declarei em artigo assinado o meu voto para governador e senador, inclusive, nos governos da ditadura militar. Tenho um namoro com a vida em tudo que faço. Não me enlaço aos fanatismos religiosos e aos sectarismos ideológicos, por entender que todo extremo é barranco do abismo, cheio de sentimentos apodrecidos no ódio. Onde for, leva-me e o encanto do sonho aonde está a paixão que não se despede da alma, como o belo do momento que vejo a rosa no jardim e a levo no olhar para sempre.

Não mando em mim. A vida decide-me. O destino estende-me na linha do ideal a liberdade de opinião no jornalismo. Espontaneamente, a vocação submete-me aos desígnios nos fardos do seu fadário. Não sei de onde vêm as vozes que escuto na intuição perceptiva, e sempre, invariavelmente sempre, em ocasiões temerárias e quando o silêncio é-me conveniente. Como agora. Enfrento temporais de perseguição, de onde menos esperava. Mas seja o que houver no rugir de travesso nas incompreensões, por certo, entenderão que nem os 8 meses no cárcere da DI calaram-me nos artigos do Cinco de Março na ditadura militar.

Declaro o meu voto ao Maguito Vilela para prefeito de Goiânia.

O ambiente eleitoral infestou-se de ressentimentos aglomerados de rancores nas vinditas contaminadas de ingratidões nas amizades companheiras em horas doídas das atribulações antigas. Rodas conflitadas nas arrelias de vantagens pessoais adversas ao interesse público, formaram blocos de malquerenças reciprocamente insultuosas. Quando se olhava de longe o Maguito no meio de uma delas e chegava-se perto, via que ele estava era apaziguando os vociferantes.

Por isso, o meu voto é do Maguito Vilela. Toda a discussão é confronto de ignorâncias.

Comumente, o useiro são políticos que estiveram nos altos do poder, alhearam-se de fortunas no dinheiro dos erários. Maguito Vilela foi deputado, vice-governador, governador de Goiás, senador, prefeito de Aparecida e não fez bens para si nos mandatos populares. O seu patrimônio pessoal é a fazenda que herdou do pai em Jataí. Isso é mais raro na política que diamante à vista nos cascalhos.

Eis uma das razões do meu voto para o Maguito Vilela nestas eleições.

Atualmente, o Brasil está um disparate de 33 partidos. Os políticos trocam-se de uns para outros com a frequência que os jogadores de futebol mudam de times à prêmios nos passes. Maguito Vilela nunca saiu do MDB. Só perdeu uma eleição. A de vice-governador. E perdeu porque ele era o candidato natural à reeleição de governador. Maguito é a bondade aberta no coração. Faz a paz no que faz. Trabalha e não atrapalha. Não geme nas dores muitas. Sobe e desce nos degraus da humildade e nunca esteve nas escadas da vaidade, onde a maioria passa a andar quando fica no poder.

Está dado no Maguito Vilela o voto que levarei às urnas domingo.

Encerro essa confissão que a experiência de vida nas lutas trouxe-me de dentro de mim e da leitura dos exemplos nas biografias dos líderes que fizeram as mudanças históricas da evolução humana, com essa oração que criei para o meu uso diário e repasso-a aos amigos Iris Rezende Machado, Ary Ribeiro Valadão, Irapuan Costa Júnior, Leonino de Ramos Caiado, Luiz Alberto Maguito Vilela, Marconi Ferreira Perillo Júnior, e Ronaldo de Ramos Caiado. Nessa prece, um dos meus pedidos a Deus:

“Pai, livre-me de parentes e de amigos, que, dos inimigos, eu me livro”.

(No “de”, a limitação de alguns. E não “dos”, que soaria a inclusão do todo neles).

Tenho parentes e amigos que me fazem lembrar as chuvas de diamantes no planeta Saturno.

BATISTA CUSTÓDIO