O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) recebeu, na madrugada desta terça-feira, 19, 14 pacientes vindos de Manaus (AM) para serem tratados contra a Covid-19 na cidade. Nove dos recém-chegados estão internados em uma enfermaria separada destinada a eles, que têm casos clínicos moderados, e cinco deles estão internados na UTI.
De acordo com a equipe médica da unidade, no momento estão internados oito homens e seis mulheres. O diretor de Avaliação e Controle da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, Luciano Carvalho, informou que os recém-chegados serão tratados separadamente dos pacientes locais por uma equipe multidisciplinar destacada exclusivamente para atendê-los.
“Os pacientes estão numa enfermaria com camas elétricas, tv e ar condicionado, além de todos os equipamentos e insumos necessários para os atendimentos e com o suporte de uma estrutura completa para exames laboratoriais e de imagem (tomografia e ressonância magnética)”, acrescentou o diretor.
O prefeito Gustavo Mendanha ressaltou que a oferta dos tratamentos foi uma questão “humanitária e de responsabilidade social. O Amazonas vive um momento crítico e Aparecida tem o HMAP, um hospital público de reconhecida excelência, e também a taxa de ocupação dos leitos intensivos para Covid-19 em nossa rede pública está em 49%, então temos condições de ajudar. Cuidaremos desses pacientes que viajaram por quase 2 mil quilômetros com qualidade técnica e dedicação. Essa é a razão de ser do Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse o gestor municipal.
Viagem humanitária
O avião que trouxe 18 pacientes vindos do Amazonas aterrissou na Aeroporto Santa Genoveva (Goiânia) às 23h20. No local, já estavam a postos ambulâncias do Samu de Goiânia para fazer a transferência de 6 pacientes para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HCUFG) e de outros 12 para o HMAP, sendo que, no meio da madrugada, dois que iam para a unidade na capital foram transferidos para Aparecida.
Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), as transferências são seguras e a escolha dos pacientes segue o protocolo de classificação de risco Manchester para estabelecer a prioridade de atendimento de acordo com a gravidade de cada caso. Durante a viagem, profissionais de saúde acompanham os pacientes e as aeronaves contam com a estrutura necessária de equipamentos e insumos hospitalares.