O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, comemora o crescimento da geração de empregos na indústria pelo sétimo mês seguido, segundo dados da Sondagem Industrial, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O levantamento mostra que o índice de evolução do número de empregados ficou em 51,3 pontos em janeiro de 2021. Foi a primeira vez, em dez anos de pesquisa, que as contratações superaram as demissões no primeiro mês do ano.
“Apesar de todas as dificuldades, as indústrias estão contribuindo no combate à crise, gerando vagas e fazendo investimentos nesse momento de insegurança e incertezas. Isso demonstra que os empresários têm responsabilidade social e estão comprometidos com a retomada da economia e o bem-estar social”, diz Sandro.
Com isso, o emprego industrial acumula sete meses consecutivos de alta. Esse indicador varia de 0 a 100, sendo 50 pontos a linha de corte que separa a alta da queda no emprego.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, as contratações refletem a rápida recuperação da indústria no segundo semestre do ano passado. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 69%, o maior percentual para o mês desde 2014.
Em 2021, número foi o mais alto em 10 anos. A produção industrial seguiu o movimento típico do início de ano, desacelerou e caiu em relação a dezembro de 2020. O índice de evolução da produção ficou em 48,2 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que revela queda na produção.
“A queda na atividade industrial foi mais forte na passagem de 2020 para janeiro de 2021 do que nos três anos anteriores. No entanto, a produção dos últimos meses do ano passado também esteve mais aquecida. O que percebemos é que, mesmo com a queda, a produção se mantém em nível relativamente elevado, o que explica a alta do emprego em janeiro”, explica Azevedo.
Os indicadores mostram que os estoques estão abaixo do que as empresas planejavam, mas a queda foi menos intensa e menos disseminada em janeiro do que nos meses anteriores, e a distância entre o nível de estoque desejado e o estoque efetivo diminui.
Como a situação ainda não se normalizou, esse fato indica que, possivelmente, os empresários estão planejando trabalhar com nível de estoque mais baixo do que no passado. As expectativas para a economia seguem otimistas.
A pesquisa ouviu 1.804 empresas, sendo 437 grandes, 618 médias e 746 pequenas, entre 1º e 12 de fevereiro.
(Com informações da Agência CNI de Notícias)