domingo , 17 novembro 2024
Goiânia

Goiânia deve perder R$ 1,18 milhão para construir galpões de lixo porque Paulo Garcia não define terrenos para as obras

A administração do prefeito Paulo Garcia (PT) está batendo cabeça no que tange a coletiva seletiva, manejo de resíduos sólidos e reciclagem. Foi essa a impressão que os órgãos da prefeitura passaram na audiência pública que tratou do assunto nesta segunda-feira, na Câmara Municipal.

O único projeto apresentado pela Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) para resolver o contencioso do lixo em Goiânia é o plano piloto para construção de uma cooperativa modelo, cujos moldes balizariam projetos ambientais futuros.

Trata-se de uma proposta desconectada da realidade porque ignora o fato de já existirem 15 cooperativas de catadores de lixo funcionando em situação precária na Capital.

O drama que elas vivem não será amenizado nem de forma direta, nem indireta pelo tal plano piloto.

De acordo com Débora Danielle Rocha, que integra o corpo de diretores da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), o termo de referência já foi encaminhado à Caixa Econômica Federal e a previsão é de que o banco autorize o financiamento do projeto ainda esta semana.

Débora foi a primeira a falar na audiência pública.

Ela não deu um pio sobre um debate que já dura cinco anos, e que opõe prefeitura ao Estado, MP e à população da cidade: a construção de dois galpões para reciclagem com verba federal – já liberada.

Estes galpões deveriam ter sido construídos há muito tempo. Fazem parte de um pacote que incluía mais um galpão em Anápolis e outro em Aparecida. Os dois últimos já estão prontos e em atividade. Os da Capital, não.

Culpa de quem? Da prefeitura, que não fez sua parte e definiu os terrenos para executar as obras.

Resultado disso é que Goiânia está muito perto de perder R$ 1,185 do convênio federal para levantar os galpões.

Débora não informou que Goiânia corre sério risco de perder o dinheiro. Nem ela, nem Silmey Porfírio, da assessoria jurídica da Comurg.

Foi preciso que o superintendente de Saneamento da Secretaria Estadual das Cidades, Ricardo Borges, trouxesse a informação à luz do debate.

É claro que a prefeitura foi o saco de pancadas da audiência, bem como as intenções pouco sinceras do prefeito Paulo Garcia de realizar uma administração sustentável. Tudo indica que a cidade vai muito mal, e o pior, como disse o promotor Juliano Barros, é que há poucos sinais de que o quadro possa melhorar no futuro.

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