(Matéria do jornal A Redação)
Secretário estadual de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino revelou à coluna Boca Miúda nesta quinta-feira (25/3) que a Prefeitura de Goiânia ainda não contatou a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) sobre a adoção de novas medidas para flexibilizar o comércio na capital. “Qualquer flexibilização nos próximos 14 dias dos municípios é importante ser discutida com o Estado”, pontuou o titular da SES.
A flexibilização na capital foi anunciada na manhã desta quinta (25). Segundo o prefeito Rogério Cruz, o documento seria feito com apoio de entidades empresariais. O principal argumento do setor é de que o comércio está fechado há 28 dias e, mesmo assim, não houve alteração no número de casos registrados da covid-19.
Para Ismael Alexandrino, caso haja qualquer flexibilização, deve-se pensar em medidas para contrabalancear a reabertura, como a adoção de, por exemplo, toque de recolher. “O Estado de Goiás está no decurso de 14 dias de medidas restritivas que se assemelham a lockdown, justamente por entender, assim como manifestou a Fiocruz, tal necessidade”, pondera.
A citação à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) feita pelo secretário do Estado se dá pelo fato da instituição ter divulgado nesta semana pesquisa apontando a necessidade de se fazer um lockdown, que deveria se estender por duas semanas, em Goiás devido ao alto número de infecções pelo novo coronavírus.
Conforme apurou a coluna Boca Miúda, o novo decreto de Goiânia deve estabelecer seis módulos para escalonamento do comércio na capital. A expectativa é de que o documento seja publicado nesta sexta-feira (26). Ainda assim, Ismael Alexandrino reforça que a última palavra será do governo estadual. “A orientação macro e estratégica precisa ser da esfera mais ampla, qual seja, o Estado.”
Segundo nota da Prefeitura de Goiânia, as medidas do novo decreto ainda estão em discussão. “Haverá oportunidade para dialogar com a Secretaria de Estado da Saúde”, afirma o texto.
Confira a íntegra da nota divulgada pelo Paço Municipal:
“A Prefeitura de Goiânia ainda está definindo novo decreto — que deverá substituir o documento que vigora até o próximo domingo. Haverá oportunidade para dialogar com a Secretaria de Estado da Saúde.
Assessoria de Imprensa do prefeito Rogério Cruz”