Dados da secretaria de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia indicam uma tendência de recuo da epidemia de covid-19 no município. O R, que indica a capacidade de transmissão de um patógeno, está atualmente em 0,94, o que aponta desaceleração do contágio.
Como base de comparação, o R em Goiás está em 1,1 e, no Brasil, em 1,12, segundo dados da plataforma científica Loft.
Segundo o superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção, o R em Aparecida é calculado com base na testagem. O município tem capacidade para fazer de 1,5 mil a 2 mil testes diários, conforme a SMS.
Como consequência da baixa no contágio, a cidade já vê efeitos nos hospitais. “Já notamos uma menor pressão sobre nossa rede de saúde. Acreditamos que estamos saindo desse platô alto e numa discreta descida da curva”, disse Assunção.
Balizador – O índice de reprodução do vírus é um dos oito indicadores adotados pela SMS e pelo Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus para avaliar a evolução da epidemia em Aparecida de Goiânia.
“A taxa de transmissão é essencial para que o município elabore decretos e analise a liberação ou a restrição das atividades. Essa queda demonstra que a população tem aderido ao escalonamento regional e que tem funcionado nossa estratégia de priorizar a proteção à vida humana com a abertura de leitos para a covid-19, o tratamento dos doentes com rigor científico, a testagem em massa e o isolamento e monitoramento dos infectados”, afirma o prefeito Gustavo Mendanha.
Porém, ele alerta: “É cedo para comemorar e descuidar das medidas de prevenção como o distanciamento social, as normas de higiene e o uso correto de máscaras. A situação é crítica no país inteiro, milhares de vidas são perdidas a todo instante e cada pessoa precisa contribuir para deter o avanço da pandemia”.
Atualmente, a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 está em 82%. A positividade dos exames RT-PCR baixou para 24%
“O isolamento social intermitente está contribuindo para melhorar o índice de contaminação em nossa cidade. Todavia, é preciso repetir incansavelmente que estamos lidando com uma variante do novo coronavírus que é mais contagiosa, letal e agrava-se mais rapidamente, e por isso ninguém pode se descuidar agora”, enfatiza Alessandro Magalhães.