O presidente regional do MDB em Goiás, ex-deputado federal Daniel Vilela, admitiu em entrevista ao jornal O Popular racha na sigla após rompimento de alguns membros do partido com a atual gestão da prefeitura de Goiânia. O movimento, que resultou na saída de 14 auxiliares do Executivo municipal, foi liderado por Daniel, mas não contou com a aprovação de boa parte dos emedebistas da capital, incluído vereadores e deputados. “Não foi uma decisão partidária, foi uma decisão dos secretários”, disse o ex-deputado.
Daniel recebeu fortes críticas do deputado estadual e vice-presidente do MDB goiano, Paulo Cezar Martins. O parlamentar não concorda com a decisão do presidente da sigla. “O rompimento, insisto, é um equívoco. A maioria do MDB, daqueles que têm voto, não concorda com o rompimento. Eu e muitos somos pela pacificação”, disse Paulo Cezar, que também é líder do MDB na Assembleia, em entrevista à imprensa.
Paulo Cezar ainda alegou falta de diálogo por parte de Daniel. Segundo ele, diferente de Maguito, Daniel não demonstra capacidade de ouvir os aliados. “Maguito ouvia os companheiros, e não apenas determinados grupos de convertidos”, disse. “O importante não é ficar discutindo cargos, mas pôr em prática um projeto de desenvolvimento para Goiás”, ressaltou ao defender a execução do plano de governo, conforme a atual gestão tem seguindo.
Além do parlamentar, vereadores do MDB continuaram na base do prefeito Rogério Cruz, o que, segundo especialistas políticos, reforça que o movimento de saída dos 14 auxiliares não passou de uma tentativa para fazer ter ganhos políticos com a ação.