sábado , 21 dezembro 2024
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Com o dobro de alunos, UFG tem mesma verba de 2004 e pode parar em julho

Veja matéria do site Poder Goiás:

A Universidade Federal de Goiás (UFG) e as demais universidades federais chegaram ao limite. A verba disponível para investimentos e manutenção em 2021 caiu ao patamar de 2004, ou seja, de 17 anos atrás. No entanto, a UFG tem agora tem mais que o dobro de alunos de 17 anos atrás (na verdade, quase o triplo), além de mais professores.

O Painel do Orçamento Federal aponta que estão livres em 2021 cerca de R$ 2,5 bi para as 69 universidades e 1,3 milhão de estudantes. Esse valor é o mesmo do orçamento de 17 anos atrás, o que mal dá pra pagar os gastos discricionários. Os gastos discricionários vão desde as contas mais básicas, como água, luz, limpeza e segurança, como para pagamento de bolsas, compra de insumos para pesquisa e reformas prediais. Com um orçamento muito baixo, alunos mais pobres perdem a ajuda que os garante nas universidades, pesquisas são interrompidas e, agora que as universidades estão no limite, contas de água, de luz e de limpeza podem não ser pagas.

De acordo com o presidente da Andifes, Edward Madureira (que é o reitor da UFG), o orçamento para 2021 devia chegar a R$ 10,4 bilhões. Segundo ele, a Universidade Federal de Goiás (UFG), da qual é reitor, já fechou o ano de 2020 no vermelho por conta da falta de verbas. “Foram cortados quase R$ 180 milhões para assistência estudantil. Como o perfil socioeconômico de muitos alunos é de baixa renda, cortar alimentação e moradia significa mandar ele embora da universidade”, afirmou em reportagem do jornal O Globo.

Edward lembra ainda que também está em risco o funcionamento dos 50 hospitais universitários que possuem leitos destinados à Covid-19, além de serviços oferecidos pelas universidades como testagem e apoio à imunização. Ele informou ainda que se reunirá com o secretário-executivo do MEC, Victor Godoy Veiga, para pedir a liberação da verba contingenciada.