Em artigo no Diário da Manhã, Jayme Rincón, presidente da Agetop, escreve que “o ex-conselheiro Eurico Barbosa demonstrou dificuldade em entender o que escrevi. Como não vou procurar justificativas para isto, explicarei novamente. O atual governo está pagando mais de R$ 10,3 bilhões de dívidas contraídas por governos anteriores. Repito, dr. Eurico: o governo Marconi está pagando mais de R$ 10,3 bilhões de dívidas de governos anteriores. Até 2014 o governo atual terá contraído empréstimos no total de R$ 7,7 bilhões, com 7 anos de carência e 20 anos para pagamento, a juros extremamente vantajosos. Deste total, R$ 3,5 bilhões destinam-se a aportes na Celg, empresa que teve sua operação e sua situação financeira prejudicadas com a venda pelo governo do PMDB, em 1988, de seu maior patrimônio, a Hidrelétrica de Cachoeira Dourada.”
No mesmo artigo, Rincón afirma que “não perderei mais tempo comparando os governos de Marconi Perillo e de Iris Rezende. Até porque os próprios peemedebistas já justificam que a enorme vantagem de Marconi se deve ao fato de Iris ter sido governador há mais de 20 anos.” Acrescenta ainda que em relação ao fato de a base de Marconi Perillo ter se desligado do PMDB, isso não significa que tenha cuspido no prato onde comeu. Até porque, já sujo, aquele prato dispensava qualquer carga extra de sujeira. E foi exatamente por isso que Henrique Santillo, Nion Albernaz, Marconi Perillo, Fernando Cunha e tantos outros homens de bem resolveram libertar-se das asas de Iris para um novo projeto, de modernização de Goiás. Estavam certos: a partir dessa dissidência vimos nascer um novo Estado.
Leia o artigo:
Ao PMDB e Eurico Barbosa, para encerrar o assunto
Diário da Manhã
Jayme Rincón
O ex-conselheiro Eurico Barbosa demonstrou dificuldade em entender o que escrevi. Como não vou procurar justificativas para isto, explicarei novamente.
O atual governo está pagando mais de R$ 10,3 bilhões de dívidas contraídas por governos anteriores. Repito, dr. Eurico: o governo Marconi está pagando mais de R$ 10,3 bilhões de dívidas de governos anteriores. Até 2014 o governo atual terá contraído empréstimos no total de R$ 7,7 bilhões, com 7 anos de carência e 20 anos para pagamento, a juros extremamente vantajosos. Deste total, R$ 3,5 bilhões destinam-se a aportes na Celg, empresa que teve sua operação e sua situação financeira prejudicadas com a venda pelo governo do PMDB, em 1988, de seu maior patrimônio, a Hidrelétrica de Cachoeira Dourada.
Portanto, dos R$ 7,7 bilhões, R$ 3,5 bilhões destinam-se ao reequilíbrio econômico-financeiro da Celg. Os outros R$ 4,3 bilhões estão sendo investidos em diversas áreas, especialmente na infraestrutura do Estado.
Que fique claro de uma vez por todas: o atual governo está pagando R$ 10,3 bilhões de dívidas de governos anteriores e contraindo R$ 7,7 bilhões. Isto representa uma amortização de R$ 2,6 bilhões na dívida líquida do Estado.
Vale ressaltar que esses financiamentos são aprovados pela Secretaria do Tesouro Nacional só quando o Estado demonstra claramente sua capacidade de pagamento. É óbvio que, quando investidos na área correta, como é o caso da infraestrutura, esses recursos retornam ainda mais rapidamente em forma de impostos, diminuição de custos de transporte, aumento da produção e melhoria no escoamento de safra.
Veja bem, dr. Eurico, o que é uma administração séria, responsável e eficiente. Mesmo com todos os investimentos feitos pelo atual governo, ainda estamos reduzindo o valor de nossa dívida.
Convido o senhor para verificar in loco as obras que estão sendo realizadas em todas as regiões de Goiás, ressaltando que seria bom observar a qualidade e o valor pelo qual estão sendo contratadas.
Quanto aos 5,5 mil quilômetros de rodovias que o dr. Eurico diz terem sido pavimentados pelo ex-governador Iris Rezende, fiz questão de buscar nos arquivos do Dergo e do Crisa as informações relativas a este período. Se Iris fez 5,5 mil quilômetros de estradas, não foi em Goiás. Pelo que consta de nossos registros, ele pavimentou, em seus dois mandatos de governador, 3,2 mil quilômetros de rodovias.
Até 2014, o atual governo terá pavimentado 2,7 mil quilômetros e reconstruído mais de 6 mil quilômetros de rodovias – em apenas 4 anos!
Somando-se ao produzido em seus outros dois mandatos, ao fim do atual, Marconi Perillo terá pavimentado 4,6 mil quilômetros de estradas e reconstruído mais de 6 mil quilômetros de rodovias, o que representa asfaltar mais de 10,6 mil quilômetros de nossa malha viária. Com um precioso detalhe: são obras de excelente qualidade, rodovias com acostamento e muito bem sinalizadas. Ainda: Marconi terá duplicado e iluminado 237 quilômetros de rodovias, o que mudará substancialmente o perfil de nossa malha.
Portanto, ao final deste mandato Marconi Perillo será, disparadamente, o governador que mais asfaltou, investiu e modernizou a infraestrutura de Goiás.
Hoje temos 10,2 mil quilômetros de rodovias pavimentadas e 9,1 mil quilômetros de estradas não pavimentadas. Com o programa Rodovida, ao final deste governo teremos uma alteração substancial em nossa malha rodoviária. Passaremos a ter 13 mil quilômetros de rodovias pavimentadas contra 6,3 mil quilômetros de estradas não pavimentadas.
Não perderei mais tempo comparando os governos de Marconi Perillo e de Iris Rezende. Até porque os próprios peemedebistas já justificam que a enorme vantagem de Marconi se deve ao fato de Iris ter sido governador há mais de 20 anos.
Em relação ao fato de a base de Marconi Perillo ter se desligado do PMDB, isso não significa que tenha cuspido no prato onde comeu. Até porque, já sujo, aquele prato dispensava qualquer carga extra de sujeira. E foi exatamente por isso que Henrique Santillo, Nion Albernaz, Marconi Perillo, Fernando Cunha e tantos outros homens de bem resolveram libertar-se das asas de Iris para um novo projeto, de modernização de Goiás. Estavam certos: a partir dessa dissidência vimos nascer um novo Estado.
Os que permaneceram, como Haley Margon, Flávio Peixoto e outros, foram anulados ou saíram mais tarde decepcionados com as práticas ultrapassadas do comandante do PMDB.
Em relação à venda de Corumbá, mais um equívoco do dr. Eurico. Basta ele conversar com técnicos da Celg. Ouvirá, com clareza, que eles tentaram à época convencer Iris Rezende a não construir a quarta etapa de Cachoeira Dourada e, em vez disso, fazer Corumbá.
Iris, como sempre, não ouviu a opinião correta dos engenheiros da Celg. Construiu a quarta etapa, que quase nada acrescentou à produção da usina.
Mais grave ainda: vendeu Corumbá a preço de banana. A responsabilidade pela venda de Corumbá é, sim, do PMDB. E não adianta dr. Eurico querer transferir a responsabilidade disso para o presidente Fernando Henrique Cardoso. Era uma decisão que cabia exclusivamente ao governo estadual. E se Iris, como já alegou, não concordasse com a venda e tivesse se sentido pressionado, deveria ter dito isso publicamente e evitado a venda desse patrimônio dos goianos. Que governador é esse que se curva a pressões e não defende os interesses de seu Estado?
Em relação a bandalheiras que o escriba atribui ao governo de FHC, não vou perder tempo com este assunto. Até porque já disse várias vezes que só responderei a alguma crítica ou acusação, vinda do PMDB ou de peemedebistas, depois que o ex-prefeito Iris Rezende liberar os contratos, aditivos e pagamentos feitos à Delta e à Qualix durante sua gestão na Prefeitura de Goiânia. E, ainda, abrir seus sigilos fiscal, bancário e telefônico, como fizemos eu e o governador Marconi Perillo.
Mas confesso que, quando o dr. Eurico ataca FHC e não aponta um ato sequer que possa denegrir o atual governo, ele demonstra claramente a diferença entre os dois partidos. Nós, com todos nossos contratos, aditivos, pagamentos e sigilos abertos, e o PMDB na Justiça para impedir que seus atos sejam investigados. Está aí a grande diferença entre Marconi e Iris.
Sobre publicidade de governos, também não me alongarei muito. Basta pegar o que Iris gastou como prefeito de Goiânia e estabelecer uma relação com o que gastou Marconi Perillo como governador de Goiás. Veremos a desproporção entre o que gastou Iris e o que gastou Marconi Perillo: Iris sempre gastou muito mais em publicidade. E, mesmo assim, perdeu todas as eleições que disputou contra Marconi Perillo.
Sobre a utilização de tempo de programa eleitoral da base aliada, esta é uma prerrogativa dos partidos e não está sob o julgamento ou avaliação do nosso escriba.
Voltando ao endividamento e aos números apresentados pelo ilustre conselheiro, informo que eles estão incorretos. Não são R$ 9,5 bilhões, mas, sim, R$ 7,7 bilhões, dos quais – repito – R$ 3,5 bilhões para sanar erros dos governos do PMDB.
Sobre a aplicação destes recursos, diferentemente dos empréstimos tomados nos governos do PMBD, o dinheiro está sendo aplicado na modernização do Estado. Talvez seja este o motivo do grande desespero de dr. Eurico e do PMDB.
Goiás executa hoje o maior programa rodoviário de sua história e, seguramente, um dos maiores do País. Isto, com certeza, mostrará à população do Estado a enorme diferença entre o jeito do PSDB e o do PMDB governar.
Foi bom o ex-conselheiro ter dito que não fez defesa do governador Alcides Rodrigues. Eis aí pelo menos uma posição sensata do nosso articulista.
Questionei os R$ 20 bilhões, indicados por ele com base em informações fornecidas pelo governador Alcides. Afirmei que o valor correto é R$ 16 bilhões, e não R$ 20 bilhões como ele afirmou em seu primeiro artigo. Mas, no caso, o importante não é o montante da dívida líquida, mas a relação dívida x receita.
Repito, dr. Eurico: o mais importante é a relação ‘dívida x receita’. Esta é a situação que pode comprometer as finanças de um Estado. Em 1997, na época dos famigerados governos do PMDB, esta relação era de 3,52. Portanto o Estado precisava de 3,52 arrecadações anuais para quitar sua dívida. Hoje esta relação é de apenas 0,94. Portanto, o Estado precisa de menos de uma arrecadação para quitar toda a sua dívida.
Os governos Marconi Perillo reduziram drasticamente a relação dívida x receita, colocando Goiás em uma das melhores posições no ranking nacional. Isto, sim, é administrar com responsabilidade.
Por falar nisso, dr. Eurico poderia perguntar ao prefeito Paulo Garcia por que ele não está conseguindo pagar em dias seus fornecedores, seus prestadores de serviço e nem investindo no recapeamento de ruas, na melhoria do trânsito, na Saúde, etc.
Hoje sabemos que uma das causas das enormes dificuldades financeiras por que passa a Prefeitura de Goiânia é a herança recebida do PMDB, que, aliás, tem histórico enorme de largar para trás cargas malditas, como em 1998, quando deixou para Marconi Perillo três folhas de pagamento atrasadas e fornecedores sem receber.
Os empréstimos do Banco do Brasil e do BNDES não foram, ao contrário do que afirma dr. Eurico, para tirar o Estado de uma situação caótica. Eles foram obtidos para investimentos em nossa infraestrutura e para resolver problemas causados à Celg pela irresponsabilidade histórica dos governos do PMDB. Não existe a menor possibilidade de algum agente financeiro emprestar dinheiro para resolver situações caóticas, principalmente para quem não demonstre capacidade de pagamento.
E o Estado obteve esse financiamento porque fez o maior ajuste fiscal de nossa história e demonstrou aos agentes financeiros seriedade, responsabilidade e, mais ainda, projetos importantes para o nosso Estado.
Em momento algum eu disse que não tínhamos dívidas. Goiás não seria diferente de nenhum outro Estado brasileiro e nem do governo federal. O que eu digo é que, no nosso caso, a dívida está em uma situação confortável em relação à receita. Tudo isso fruto dos governos de Marconi Perillo.
Entendo a enorme preocupação das oposições com a atual gestão. Elas não demonstram ter comprometimento com o futuro de Goiás, não apresentam projetos alternativos de governo, não encaminham sugestões, não acrescentam absolutamente nada ao debate político. Por isso, desesperam-se com o ritmo de trabalho, as obras, os programas e as ações do atual governo.
Eurico Barbosa disfarça sua enorme preocupação com nosso sucesso tentando criar um clima de irresponsabilidade na obtenção destes empréstimos. Saiba ele que estamos conseguindo esses recursos exatamente por conta de nossa responsabilidade fiscal e por termos apresentado projetos sérios, viáveis e modernos. E que estão executados em ritmo acelerado.
Se os que não têm projetos se incomodam com o que estamos executando, só tenho a dizer-lhes que se preocupem ainda mais. Estamos só no começo.
Aguardem: Marconi Perillo cumprirá sua promessa de fazer deste seu terceiro mandato o melhor governo da vida dos goianos.
(Jayme Rincón, presidente da Agetop)