Veja matéria do jornal Tribuna do Planalto sobre o racha do PMDB:
Mesmo com o discurso de grandes figuras do PMDB de que o quadro interno para a disputa eleitoral em 2014 não está formado, o prefeito de Guapó, Luiz Juvêncio, conjuntamente com o prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares, não voltam atrás e confirmam a realização de uma reunião no dia 9 de setembro, em local ainda não definido, para hipotecar apoio a candidatura de Júnior Friboi. Juvêncio confirmou a realização do evento, na quinta, 29, quando se especulava que talvez a reunião não acontecesse em virtude de aconselhamentos que José Batista Júnior vinha recebendo para abortar o encontro e acalmar os ânimos na sigla.
No evento, segundo Juvêncio, são esperadas as presenças de 56 prefeitos, além de parte da bancada federal, como os deputados Pedro Chaves e Leandro Vilela, que fazem parte do grupo que apoia Friboi como o candidato do partido em 2014 e a confirmação de seu nome ainda em 2013.
Juvêncio é outro que discursa afirmando que não há disputa interna, mas seu argumento para é outro: ninguém mais dentro da sigla, além de Friboi, se postulou como pré-candidato. “Enquanto isso não ocorre o partido deve ir para a rua com seu único nome”. E pelas contas do prefeito o número de líderes que apoiam o empresário José Batista Junior pode aumentar caso o segundo colocado nas eleições de 2012 em Bom Jardim de Goiás, Nailton de Oliveira (PMDB), assuma a prefeitura. O atual prefeito Cleudes Baré foi cassado recentemente, mas ainda pode recorrer.
A falta de alternância no Poder Executivo é um dos motivos que fazem Juvêncio se posicionar como um dos mais fieis apoiadores de Junior Friboi. “Outros nomes possíveis do partido estão quietos e a única forma de interromper o período de 16 anos sem que o PMDB comande o Estado é trabalhar já e ir para a rua”, explica o prefeito. O peemedebista cita algumas as opções do partido, mas fala de seus impedimentos. Maguito é um nome, mas, na avaliação de Luiz, ele não deixará o comando de um município do porte de Aparecida de Goiânia. Ainda segundo o prefeito, Iris não se coloca como pré-candidato e Samuel Belchior também não se posiciona. “Se ele quer ser pré-candidato e buscar a vaga tem de ir para a rua”, pressiona.
Juvêncio defende que o que não pode ocorrer é um nome ser trabalhado para se firmar e, no ano que vem, outro nome surgir e querer ser candidato. Esta aí uma clara mensagem encaminhada à ala irista e demais partidários que fazem coro para uma definição só para o ano que vem. Para o prefeito de Guapó, muitos do que agora não se posicionam e ficam nessa indecisão é porque pensam em ser pré-candidato. Apesar do discurso de ataque às alas mais conservadoras, que querem esperar por definição, Luiz Juvêncio também diz que não existe racha no partido e isso só acontecerá caso Iris seja pré-candidato e vá para a convenção. “Nesse, caberá ao perdedor sarar a ferida e ter sabedoria para unir o partido”, responsabiliza. (M.T.)