A Polícia Civil do Distrito Federal continua a investigar o caso. Esclarecido, mas não solucionado, afirma o delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), Raphael Seixas, “O crime foi esclarecido? Foi, ao ponto de identificarmos a autoria. Mas foi solucionado? Ainda não. O que temos de investigação para tratar esse caso como solucionado? Precisamos identificar se houve a participação de outra pessoa ou não, embora, em outros casos, constatamos que ele agiu só, mas não fechamos essa questão”, pontua.
A chacina é investigada como homicídio, uma vez que ainda não foi comprovado se Lázaro roubou algo de dentro da casa das vítimas. “Não excluímos nenhuma possibilidade, quanto a co-autoria e motivação. Primeiro, temos que identificar o porquê, como ele chegou ao local, se atuou sozinho. Ele levou Cleonice ao córrego sozinho? Temos um dificultador: as quatro vítimas morreram, não tinha câmeras de segurança e nem testemunhas. Por isso, o inquérito permanece em aberto e as apurações seguem em sigilo.”
Advogado da família, Fábio Alves revela que parentes das vítimas sofreram ameaças. “Um dos primos da família Vidal recebeu mensagens estranhas pelo Whatsapp. Em uma delas, a pessoa diz que não vai deixar ninguém em paz, e que Lázaro não morreu. Isso está sendo investigado pela polícia”, detalha.
A casa onde Cleonice, o marido e os filhos moravam também foi demolida. Segundo o advogado, mesmo após o crime, pessoas entraram na residência e tentaram mexer no forro de PVC à procura de dinheiro. O Correio também procurou o Ministério Público do DF (MPDFT), que informou que o caso segue em sigilo e, por isso, não pode fornecer informações.