O ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PTB), ficou famoso por conduzir o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Depois ele tornou-se alvo da própria casa que presidiu. Cunha perdeu seus direitos políticos por quebra de decoro parlamentar, após mentir sobre a existência de contas na Suíça, em setembro de 2016. Ele foi preso pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Cumpriu pena inicialmente em Curitiba (PR). Em março de 2020, a Justiça permitiu que o ex-deputado cumprisse prisão domiciliar, devido à pandemia da covid-19.
Na última sexta-feira (22), Eduardo Cunha conseguiu recuperar seus direitos políticos e vai disputar as eleições. O desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), permitiu que o ex-parlamentar possa se candidatar ainda para as eleições deste ano.
A defesa de Cunha alegou “vícios no processo” que cassou seu mandato e afirmou que ele seria prejudicado caso não pudesse concorrer às eleições neste ano. Cunha filiou-se ao PTB-SP, em março e gora vai poder se candidatar a deputado federal por São Paulo.