O Goiás24horas recebeu a denúncia de “canibalismo” e notas frias no esquema de peças nos ônibus do Eixo Anhanguera. Segundo um servidor da Metrobus, que pediu para não se identificar, a prática está acontecendo ao longo dos 4 anos do governo Caiado.
Quando um ônibus estraga vai para o pátio, porém, não recebe manutenção, logo começam a retirar peças mecânicas para colocar em outro que apresenta um defeito diferente, o que chamam de “canibalismo”, até o carro virar sucata: “Eles vão destruindo os ônibus lentamente e ele vira aquilo lá, nada. É um esquema muito forte de gente “graúda” do Caiado e grande lá dentro, né. Tem o cara que arruma o esquema das notas fiscais falsas das peças, e aí tem outro que vai tirar a peça do ônibus que foi para o pátio, peça que deveria ser comprada, e aparece como se tivesse sido comprada, entendeu? Eles tiram do ônibus estragado, arranjam o documento de uma nova, e entregam como se fosse nova. Está lá para quem quiser ver, é só fazer uma auditoria nos ônibus que estão no pátio e procurar saber onde estão as peças deles, ou o que está faltando neles. Se aquele tanto de ônibus está estragado, as peças deles deveriam estar lá certinho, correto? Porque o número de ônibus estragado só aumenta e nunca conseguem arrumar? É uma quadrilha de ladrões dentro do governo”, disse. A identidade do denunciante foi mantida em sigilo para sua segurança e integridade física.
Quando a promotora de justiça Leila Maria recomendou a suspensão do aluguel bilionário dos ônibus elétricos, ela considerou que o governo repassa verbas anuais para manutenção dos veículos do Eixo Anhanguera. No ano passado, por exemplo, Caiado mandou R$ 46 milhões de reais. Porém, todos os dias os ônibus estão quebrando com os passageiros, por falta de manutenção. Perguntas: se o dinheiro foi repassado, onde foi parar? Por que a quantidade de veículos no pátio só aumenta (no início do governo Caiado, conforme reportagem de 2019 da TV Record, eram apenas algumas dezenas, hoje são centenas)? Onde estão as peças dos ônibus que estão no pátio? Nossa reportagem procurou a Metrobus, mas não obteve retorno. O espaço está aberto ao governo para a devida explicação. Veja o vídeo;
