sexta-feira , 3 maio 2024
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Luto no rádio brasileiro. Morre aos 86 anos Roberto Carmona, histórico repórter esportivo de São Paulo

Roberto Carmona viveu os anos dourados do rádio esportivo brasileiro. Quando criança brincava de narrador esportivo com uma latinha de massa de tomate, nas arquibancadas do estádio Municipal de Arapongas, norte do Paraná. Começou sua carreira ainda jovem, no início dos anos 50, quando aprendeu a entrevistar, apresentar e comentar futebol. Trabalhou nas duas emissoras da cidade, Arapongas/AM e Cultura/AM. Lá conheceu o jornalista Joseval Peixoto, que chegou primeiro a São Paulo, virou estrela do rádio esportivo e nos anos 60 abriu as portas para o amigo.

Carmona fez um teste na Rádio Record em outubro de 1963, depois disso nunca mais deixou o microfone. Trabalhou nas principais emissoras de São Paulo; Gazeta, Nacional, Globo, Capital, Band/FM e Transamérica. Fez dupla nos gramados com Juarez Soares, Fausto Silva, Cléber Machado, Marcio Bernardes e tantos outros. Teve como chefes Pedro Luiz, Osmar Santos e Éder Luiz, famosos comandantes de equipes. Ao lado de Luciano do Valle reinventou as transmissões de Formula 1 pelo rádio. Viajou o mundo, acompanhou como testemunha ocular os campeões Emerson Fittipald, Nelson Piquet e Ayrton Senna. Amigo dos pilotos e também dos jogadores, foi o primeiro repórter a entrevistar Pelé quando ele deixou o gramado no seu último jogo em São Paulo.

Livro

O editor do Goias24horas, Cristiano Silva, escreveu a biografia de Roberto Carmona. O livro foi lançado no ano passado em São Paulo. “Vivi o fantástico mundo de Roberto Carmona durante 3 anos, tempo em que passamos gravando depoimentos e escrevendo o livro. Assim como Roberto Carmona, comecei menino no rádio, relatar os detalhes das histórias contadas por ele foi um grande privilégio. Estou triste, perdi um amigo que aprendi a admirar. O jornalista e amigo, José Calil, teve a ideia do livro e me apresentou ao Carmona. Sempre fui fã do seu trabalho, mas viramos amigos apenas em 2015. No ano passado ele perdeu a esposa, dona Regina, e ficou muito abatido, foi quando o livro ficou pronto. Aquilo deu um fio de luz eu seus olhos rasos d’água. Como Carmona lutava há anos contra o câncer no intestino, e enfrentávamos a crise da Covid-19, a divulgação e o lançamento foram apenas nos veículos de comunicação, com venda online. Foi lindo. Falávamos quase toda semana. A última conversa nossa foi no dia 26 de agosto. Ele me contou sobre uma cirurgia, que não conseguia mover a perna. Depois, neste triste domingo veio a notícia. Perdemos “O Senhor do Rádio”, escreveu Cristiano.

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