terça-feira , 16 julho 2024
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O adeus ao Tremendão

Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22) no Rio de Janeiro. O Tremendão cantou, encantou com suas composições, atuou como ator, foi multi-instrumentista e escritor.

Erasmo é um dos pioneiros do rock brasileiro, principalmente na Jovem Guarda nos anos 60, quando fez parceria com o rei da música brasileira, Roberto Carlos, compondo várias músicas juntos, que gravavam em seus discos e em carreira solo.

O Tremendão nasceu no bairro da Tijuca na Zona Norte do Rio. Filho de mãe solteira, conheceu o pai aos 23 anos de idade. Foi amigo de infância outra lenda da música brasileira, Sebastião Rodrigues Maia – que mais tarde ficaria conhecido como Tim Maia – desde a infância. A amizade entre os dois ganhou força na adolescência por conta do gosto pelo rock and roll.

Erasmo resolveu adotar o nome Carlos no nome artístico em homenagem ao Roberto Carlos e a Carlos Imperial. Antes de seguir carreira solo, Erasmo fez parte da banda Renato e Seus Blue Caps. Participou efetivamente junto com Roberto Carlos e com Wanderléa do programa Jovem Guarda.

Com o fim do programa (e do movimento) Jovem Guarda, Erasmo mergulhou ainda mais na bossa e na MPB. Ele, que havia composto para festivais e até gravado “Aquarela do Brasil” em 1969 -, voltou a morar no Rio de Janeiro e foi contratado pela PolyGram.

Lá Erasmo deixaria gravados discos que bem mesclaram suas raízes roqueiras com as tendências da MPB. Influenciado pelo movimento tropicalista e pela música negra americana, cravou seqüência antológica de discos durante toda a década de 70, como “Carlos, Erasmo…” (1971), “Sonhos & Memórias 1941-1972” (1972) ou “Pelas Esquinas de Ipanema” (1978). Tal fase desembocaria, já no início dos anos 80, em período de grande sucesso comercial, com os discos “Erasmo Carlos Convida…” (1980), “Mulher (Sexo Frágil)” (1981) e “Amar Pra Viver ou Morrer de Amor” (1982).

Após trabalhar mais esporadicamente durante a década de 90 (quando regravou antigos sucessos, participou de homenagens à Jovem Guarda e de discos-tributos vários), Em 2001, completou 60 anos e lançou seu 22º disco, “Pra Falar de Amor”.

Ele deixa a esposa, Fernanda Passos, com quem se casou em 2019, e dois filhos, Gil e Leonardo, que ele teve com a primeira mulher, Sandra Sayonara Saião Lobato Esteves.

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