Veja matéria do site da revista Veja:
Empresas de Eike devem R$ 20 bi para BNDES, Itaú e Bradesco, diz agência
A dívida total do grupo EBX estaria hoje em torno de 25 bilhões de reais, sendo quase 20 bilhões de reais concentrados no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Itaú e Bradesco. O BTG – também credor de Eike e que iniciou a reestruturação do grupo – já não participa mais do processo, que passou à coordenação integral da gestora de recursos Angra Partners. Uma das marcas do Angra é assumir também a gestão operacional das companhias que reestrutura.
Várias frentes estão sendo tocadas simultaneamente e a intenção é de que a fase mais aguda da crise esteja equacionada entre três e seis meses, embora a conclusão do processo se estenda por um período mais longo. Segundo a Agência Estado, o contrato firmado por Eike com o Angra tem vigência de um ano.
O foco da empreitada é tirar a OGX da UTI. A proposta é transformar em capital acionário o passivo de 3,6 bilhões de dólares que a petroleira tem em títulos vendidos no exterior. Segundo fonte que acompanha as negociações, os detentores de bônus da empresa já estariam convencidos dessa necessidade. No início da semana, a agência de classificação de risco Fitch voltou a rebaixar o rating da OGX e afirmou que a empresa estava a um passo de dar o calote nos títulos emitidos.
Ao converter os títulos em ações, a posição de Eike no capital da empresa cairia de 50,16% para algo entre 2% e 5% do capital. Essa calibragem, no entanto, não tiraria a OGX da situação dramática em que se encontra – sobretudo depois que a empresa passou a exigir o aporte de capital de 1 bilhão de dólares que o empresário Eike Batista está, por contrato, comprometido a fazer. Eike afirmou, no entanto, que poderá injetar apenas 100 milhões de dólares na companhia.