quinta-feira , 18 julho 2024
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Jornal Opção: “Friboi subestima Iris e pode ser atropelado pelo “sentimento” peemedebista”

Veja nota do Jornal Opção sobre a guerra entre Friboi e Iris no PMDB:

 

O ex-governador Iris Rezende e o PMDB se confundem. O veterano líder é o principal responsável pelo fortalecimento do partido no Estado. Filiou-se em 1980 e nunca mais saiu. São 33 anos de fidelidade. Ninguém conhece tanto seus filiados e suas idiossincrasias quanto ele. Há momentos em que endinheirados chegam e tentam comprar líderes relutantes do interior, sem entender que partido que se torna balcão de negócios não sobrevive por muito tempo. No recente encontro de prefeitos e líderes do partido, alguns gestores municipais foram orientados — como se fossem uma claque — a atacar Iris, sugerindo que “é velho” e que “não ajuda a financiar campanhas eleitorais de candidatos a prefeito e a deputado”. Curio­samente, os prefeitos que mais atacavam Iris são ligados ao deputado federal Pedro Chaves. Sintomaticamente, diziam a mesma coisa, sugerindo orquestração: elogiavam Júnior do Friboi e Chaves. Este é um político decente, extremamente trabalhador e sempre foi leal, por isso é estranho que se tenha deixado instrumentalizar pelo empresário Júnior do Friboi.

Quando parecia que Iris era o pior dos políticos e Friboi o novo Jesus Cristo do PMDB, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, pediu a palavra. Com seu estilo ponderado, e sem perder a fleuma, o jovem peemedebista disse que não se constrói um novo líder com a destruição do líder anterior, ainda mais um líder como Iris. Sem Iris, frisou, nenhuma candidatura do PMDB se sustentará. Frisou que esteve, ao lado de Iris, no Estádio Serra Dourada, num encontro com 60 mil evangélicos. O prefeito Paulo Garcia e Agenor foram apresentados e aplaudidos. Quando chegou a vez de Iris, o estádio quase veio abaixo, de tantos aplausos. Portanto, disse, não se pode desprezar um ator político como o ex-prefeito. “Exceto se formos insanos. Iris tem votos para si e para transferir.”

O prefeito de Guapó, Luiz Juvêncio, ao perceber que a fala de Agenor derrubava o script anti-Iris, reagiu com aspereza, sugerindo que o vice estava fazendo ameaças. Mas até os friboizistas mais ativos prestaram atenção à fala do jovem peemedebista. Parece, até, que acordaram de um transe profundo. Um prefeito chegou a pilheriar: “Dinheiro mesmeriza políticos”. O deputado Paulo Cezar Mar­tins teria assinalado que, apesar de friboizista de carteirinha, sem Iris, o PMDB não elege o próximo governador.

Sabe-se que, mais tarde, Friboi “puxou as orelhas” de Chaves e de alguns prefeitos, frisando que não deveriam ter deixado Agenor Mariano “dominar” e “perturbar” o encontro. O objetivo principal, que era antecipar a indicação de Friboi a governador pelo PMDB, “morreu” mais cedo do que se esperava. “Culpa” do vice-prefeito? Não. “Culpa”, isto sim, da falta de sintonia de Friboi com o PMDB real e substancioso

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