terça-feira , 19 novembro 2024
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“Dói demais”, chora idosa com hérnia gigante na barriga. TCE denuncia Regulação do governo Caiado. Fila na saúde só aumenta

A população do estado de Goiás continua sofrendo com uma das maiores filas para cirurgias eletivas do país durante o governo de Ronaldo Caiado. Isso é resultado das fragilidades encontradas no sistema de regulação dos serviços de saúde no estado, conforme identificado pelo Tribunal de Contas do Estado de Goiás em uma auditoria recente. O relatório, apresentado em novembro de 2023, apresentava uma série de recomendações, que, pelo jeito, ainda não foram seguidas.

Um exemplo que dessa realidade é o caso de Lucineide Alexandre da Silva Lobo, uma dona de casa de 60 anos que aguarda há cerca de 4 anos por uma cirurgia para tratar uma hérnia de tamanho assustador. Devido à demora, Lucineide enfrenta dores intensas e dificuldades para se locomover, se alimentar e dormir. “Às vezes eu nem durmo direito porque dói demais”, disse a idosa ao portal G1.

Ainda, segundo a reportagem, em 2019, Lucineide passou por uma cirurgia de drenagem na região renal e, aproximadamente três meses depois, a hérnia se desenvolveu. O médico responsável solicitou que ela fosse incluída na fila de cirurgias eletivas para a remoção, e desde então, a espera tem sido longa e a hérnia continua a crescer. Um exame realizado em 2022 estimou que o caroço já tenha aproximadamente 18,4 cm de comprimento e 8,9 cm de largura.

Em agosto de 2022, Lucineide se encheu de esperança ao conseguir uma vaga para a cirurgia no Hospital Geral de Goiânia (HGG). A família, buscando acelerar o processo, optou por pagar por exames pré-operatórios na rede particular. No entanto, após esse período, foi informada de que a cirurgia ocorreria no hospital da cidade de Ceres, a 196 km de distância de sua residência, em Alexânia.

Tatiane Lobo de Oliveira, filha de Lucineide, relatou que, após ser avaliada pelo médico, foi informada de que a cirurgia seria realizada em Ceres. Entretanto, ao chegar lá, foi informada de que o procedimento não poderia ser realizado naquele hospital, e Lucineide foi colocada novamente na fila de espera, ocupando a 20ª posição.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que não há uma data estimada para a realização do procedimento.

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