Uma pesquisa conduzida por nove cientistas da Universidade Federal de Goiás (UFG) identificou uma nova forma de transmissão dos vírus Zika e Chikungunya pelo mosquito Aedes aegypti. O estudo revelou que os ovos do mosquito podem já estar contaminados pelos vírus Zika e Chikungunya, resultando na transmissão vertical, na qual os vírus são passados de fêmeas adultas para as larvas que elas depositam.
Essa nova forma de transmissão é resultado de uma mutação genética do vírus, que antes era transmitido pelo contato do mosquito com o sangue infectado pela doença e somente depois disso ele poderia ser um transmissor.
O coordenador do estudo, Diego Michel Fernandes da Silva, e a pesquisadora Flávia ressaltam que essa nova forma de transmissão dos vírus Zika e Chikungunya representa um desafio adicional no controle dessas doenças infecciosas. Os mosquitos já nascem infectados, o que pode facilitar a dispersão dos vírus para áreas urbanas.
O estudo foi realizado com ovos e mosquitos adultos do Aedes aegypti capturados em Goiás, pelos Agentes de Vigilância Sanitária do estado, e os resultados foram publicados na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Os pesquisadores enfatizam a importância de reforçar a vigilância epidemiológica e buscar novos mecanismos de prevenção e controle do Aedes aegypti.
Para a população em geral, os pesquisadores recomendam a eliminação de criadouros de ovos do mosquito, que podem ser encontrados em recipientes com água parada. No entanto, destacam que apenas secar os reservatórios não é suficiente, pois os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por até um ano sem contato com a água. É essencial também limpar o local para evitar a reprodução do inseto.
Veja no vídeo;