O Ipasc – Instituto de Previdência e Assistência do Município de Catalão – retirou recursos que estavam aplicados no Banco do Brasil e transferiu para fundos podres, que já estavam dando prejuízo (a Comissão de Valores Mobiliários fez inclusive um alerta ao mercado).
A aplicação, totalmente irregular e inclusive definida como crime na legislação do mercado financeiro e dos fundos de pensão, ocorreu na administração do PMDB, no ano de 2012, ao apagar das luzes da gestão do prefeito Velomar Rios, segundo apontam as investigações da Operação Miquéias, da Polícia Federal.
Pior: o inquérito da Polícia Federal, no curso da Operação Miquéias, que desbaratou uma quadrilha que desviava dinheiro de fundos de pensão municipais, enquadra as operações financeiras do Ipasc da Prefeitura de Catalão como mais um produto desse esquema milionário de corrupção.
Segundo a Polícia Federal, a Prefeitura de Catalão, na gestão do PMDB, retirou dinheiro de uma aplicação no banco mais seguro do país, o Banco do Brasil, e transferiu para fundos de fachada como o Adinvest, o Vitória Régia, o Atico Florestal e o Atico Imobiliário – fundos repletos de papéis podres, que foram criados exclusivamente para receber investimentos que jamais dariam qualquer tipo de retorno e seriam desviados para os donos da quadrilha.
O inquérito da Operação Miquéias aponta como fato gravíssimo que o investimento da Prefeitura de Catalão foi feito nos fundos podres depois que eles já estavam com provisões para perdas divulgadas pela CVM, já que estavam repletos de papéis do Banco BVA, que havia sido liquidado pelo Banco Central e portanto em processo acelerado de desvalorização.
A Polícia Federal informa também, no inquérito, que os membros da organização criminosa estiveram várias vezes em Catalão, ao apagar das luzes da gestão do PMDB, para canalizar os “investimentos” nos fundos podres de propriedade da quadrilha.
