Na Faixa de Gaza, a situação é caótica. Além dos bombardeamentos constantes de Israel, o colapso da autoridade do Hamas abre caminho para a anarquia. Neste momento, há relatos de gangues que assumem o controlo dos pacotes alimentares lançados de pára-quedas e vendem-nos a preços elevados à população.
Nas últimas 24 horas, pelo menos 88 pessoas morreram nos bombardeamentos israelitas, que atingiram principalmente o sul da Faixa de Gaza, indicou esta quarta-feira o Ministério da Saúde do Hamas.
No sexto mês da guerra desencadeada por um ataque sangrento do Hamas contra Israel, o número de mortos continua a aumentar em Gaza, com 31.272 mortos, na maioria civis, desde 07 de Outubro, e a situação humanitária continua a piorar, com a ONU a alertar para um cenário de “fome generalizada”.
Omar Shakir, diretor da Human Rights Watch, acusou Israel de usar a fome como arma de guerra na Faixa de Gaza, chamando o caso de “crime de guerra” em relatório divulgado nesta segunda-feira (18).
“Declarações de funcionários de alta patente israelenses mostram que esta é uma política deliberada de matar civis de fome como arma de guerra”, destacou Shakir.