Fato
• Quase 37 anos após o maior acidente radiológico do Brasil, Ronaldo Caiado vetou o projeto de lei que reajustaria o valor das pensões baixíssimas às vítimas do Césio-137.
O Caso
• No dia 13 de setembro de 1987, pela falta de supervisão e cuidado do Instituto Goiano de Radioterapia, uma cápsula de chumbo contendo o elemento radioativo césio-137 foi abandonado e encontrado por catadores de lixo, que em busca de algum material nobre os catadores levaram a cápsula de 200 quilos para um terreno da rua 57, no setor Aeroporto, perfuraram o invólucro de chumbo e a placa de lítio que isolava as partículas radioativas. A peça foi vendida para Devair Alves Ferreira, dono de um ferro-velho na rua 26-A. Impressionado com o brilho azul que irradiava do recipiente, distribuiu o pó radioativo.
Vítimas
• Cerca de 46 pessoas foram contaminadas diretamente. Quatro pessoas morreram depois de um mês isoladas no hospital naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro: Leide da Neves Ferreira, 6, Maria Gabriela Ferreira, 37, Israel Baptista dos Santos, 22, e Admílson Alves de Souza.
Descaso
• A presidente da Associação das Vítimas do Césio-137, Suely Lina de Moraes, relatou ao repórter Rodrigo Alves o descaso do governo Caiado com as vítimas do Césio, já que jogou no lixo o projeto de lei que aumentaria o valor da pensão, que é menor que o salário mínimo, apenas R$ 940 reais por mês. Os remédios deixaram de ser distribuídos pelo governo, e custam em média R$ 300 reais por mês. Em 2007 o então senador Marconi Perillo (PSDB) relatou um projeto no senado em favor das vítimas do Césio. Em 2014 como governador, Marconi reajustou as pensões das vítimas do acidente radioativo. Como deputado, Caiado nunca fez nada por eles, nem como senador, e continua no descaso como governador.
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