Fato
- O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), compareceu à Câmara Municipal nesta terça-feira (26) para prestar contas do 2º e 3º quadrimestres de 2023 de sua gestão e os números revelaram um déficit de R$ 111 milhões nos cofres públicos. Segundo o gestor público, isso não é preocupante, visto que esse dinheiro estaria sendo investido na cidade em obras e serviços.
Investimentos em saúde e educação
- Durante sua fala, Cruz destacou que a Prefeitura aplicou recursos na saúde e na educação acima dos mínimos constitucionais, destinando 21,13% da receita líquida para saúde, enquanto a Constituição prevê 15%, e 26,1% em educação, cujo mínimo é de 25%.
- A vereadora Katia Maria, presidente da Comissão de Saúde da Câmara, questionou como esses recursos estão sendo gastos, já que a situação dos postos de saúde da capital é caótica, com falta de remédios e materiais, além de um tempo elevado de espera para que as pessoas possam ser atendidas.
Limite prudencial
- O chefe do executivo municipal mencionou que, com a despesa de pessoal, foram aplicados R$ 4,21 bilhões, e a gestão está próxima ao limite prudencial. Essa é a explicação para a impossibilidade de atender ao pedido dos servidores administrativos da educação, razão pela qual Ava Santiago criticou o gestor. Segundo a parlamentar, os gastos foram empregados em aumentar o número de funcionários, mas não em melhorar a qualidade do serviço, e para isso seria necessário convocar os aprovados nos concursos.
Secretário de Finanças do Município
- No aspecto financeiro, o secretário de Finanças, Vinícius Henrique Alves, apresentou os dados orçamentários, com receita total de R$ 8,230 bilhões e despesa total de R$ 8,341 bilhões, resultando em um déficit de R$ 111 milhões. O secretário comemorou o crescimento real da arrecadação em 4,66%, impulsionado pela arrecadação tributária. Mas o déficit deixado nos cofres públicos preocupa alguns parlamentares, como o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Henrique Alves, que reafirmou a necessidade da prestação de contas para assegurar que não existem inconsistências na administração.
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