domingo , 28 abril 2024
Goiás

No apagar das luzes do seu mandato, Velomar aplicou 32% dos recursos do Ipasc (mais de R$ 11 milhões) em fundos podres

Às vésperas do encerramento do mandato do prefeito de Catalão, Velomar Rios, do PMDB, o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores de Catalão retirou recursos aplicados no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal – os bancos mais seguros do país – e aplicou em fundos podres controlados pela quadrilha que acaba de ser desmascarada pela Polícia Federal na Operação Miquéias.

As aplicações foram feitas no mês de dezembro de 2012 – o mandato de Velomar se encerraria no dia 31 de dezembro.

O inquérito da Operação Miquéias detalha uma série de manobras e articulações, inclusive com visitas de representantes e “pastinhas” da quadrilha à Prefeitura de Catalão.

O resultado é que o Ipasc tem hoje 32% do seu patrimônio comprometido com aplicações nos fundos Adinvest, Vitória Régia, Atico Florestal e Atico Imobiliário, que são considerados problemáticos e já estavam em situação desesperadora quando foram “escolhidos” para receber os recursos do fundo de pensão da Prefeitura de Catalão.

Hoje, 32% do patrimônio do Fundo de Pensão dos funcionários da Prefeitura de Catalão – no valor aproximado de 11 milhões e 300 mil – estão praticamente bloqueados nesses quatro fundos, já que os “investimentos” foram feitos com cláusula contratual de quase cinco anos para o seu resgate.

São fundos também de baixíssima liquidez, que foram criados apenas para servir ao esquema de corrupção nas Prefeituras atraídas pela quadrilha para trabalhar com o desvio dos recursos dos fundos municipais de pensão.