Fato
• A Polícia Civil de Goiás prendeu temporariamente, até o início da tarde desta quarta-feira (14), sete pessoas acusadas de integrar um esquema de agiotagem que atuava de forma violenta na região metropolitana de Goiânia.
• Entre os detidos está um ex-policial, suspeito de extorquir e ameaçar comerciantes que contraíam empréstimos com o grupo criminoso.
O início das investigações
• A apuração começou após um comerciante relatar que, após atrasar uma parcela, recebeu um vídeo com ameaças.
• Dias depois, o portão de sua casa foi atingido por 20 disparos de pistola. “Descobrimos que um ex-integrante das forças de segurança pública era o responsável por realizar as cobranças e ameaças”, destacou o delegado Thiago César, responsável pela investigação.
A quadrilha
• Os agiotas, em sua maioria de nacionalidade boliviana, distribuíam panfletos oferecendo empréstimos rápidos e facilitados a comerciantes de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Caldas Novas.
• No entanto, as condições eram abusivas: os juros variavam entre 20% e 50%, e os pagamentos das parcelas deviam ser realizados diariamente.
• Em casos de atraso, a dívida voltava ao valor inicial, independentemente do quanto já havia sido pago, e os devedores eram ameaçados.
• Os membros da quadrilha eram organizados com os bolivianos focados na operação dos empréstimos e o brasileiro responsável pelas cobranças violentas. Os suspeitos responderão por usura, associação criminosa, extorsão e perseguição.
Ação policial
• Durante a operação, que incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão em Goiânia, Caldas Novas e Aparecida de Goiânia, a polícia apreendeu R$ 30 mil em dinheiro e veículos avaliados em R$ 400 mil. Além disso, foram localizadas várias motocicletas utilizadas pelos cobradores.
• A Polícia Civil acredita que a divulgação da operação incentivará outras vítimas a denunciarem o esquema.