Fato
• Gil Rugai, condenado a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e de sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, foi solto na tarde desta quarta-feira (14) após decisão da Justiça que permitiu a progressão para o regime aberto. Ele cumpria sua pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé (SP).
Bom comportamento
• A decisão foi assinada pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, do Departamento Estadual de Execução Criminal da comarca de São José dos Campos. Segundo o documento, Gil Rugai cumpriu o tempo exigido no regime semiaberto, manteve bom comportamento carcerário e não cometeu infrações disciplinares, o que o qualificou para a progressão de regime.
• Desde 2021, Gil Rugai estava cursando Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Anhanguera de Taubaté, onde também apresentou bom desempenho acadêmico.
• Ao todo, Rugai ficou 11 anos, 9 meses e 8 dias atrás das grades, e, desde o ano passado, aguardava a decisão judicial para deixar o presídio.
• Agora, Rugai será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e deverá cumprir medidas cautelares, incluindo o comparecimento regular em juízo.
• O Ministério Público de São Paulo se posicionou contra a progressão de regime e informou que pretende recorrer da decisão.
O crime
• O caso que resultou na condenação de Gil Rugai ocorreu em 28 de março de 2004, quando Luiz Carlos Rugai, então com 40 anos, e Alessandra de Fátima Troitino, com 33 anos, foram encontrados mortos a tiros na sede da agência de publicidade da família, localizada na casa onde moravam em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo.
• De acordo com a acusação, Gil Rugai cometeu o crime após seu pai descobrir que ele desviava dinheiro da empresa.
• Rugai foi julgado e condenado pelo Tribunal do Júri em 2013, recebendo uma pena de 33 anos e nove meses de prisão.
• Durante todo o processo, Gil Rugai sempre negou a autoria dos assassinatos.