As investigações da Operação Miqueias, conduzidas pela Polícia Federal, flagrou “investimentos” em papeis podres no valor de R$ 20 milhões, realizados pelos fundos de pensão dos funcionários municipais de Catalão e Aparecida – em Catalão, na gestão de Velomar Rios, e em Aparecida, na gestão de Maguito Vilela, ambos do PMDB.
Em Catalão, a 10 dias do encerramento do mandato de Velomar Rios, em 20 de dezembro de 2012, o Ipasc, nome do fundo de pensão dos funcionários do município, sacou R$ 11 milhões que estavam em aplicações seguras no Banco do Brasil e na Caixa Federal e “investiu” em fundos podres indicados, segundo a Polícia Federal, pela quadrilha comandada pelo doleiro Fayed Traboulsi.
Em Aparecida, mais ou menos na mesma data, a história se repetiu. O fundo de pensão dos funcionários aparecidenses também retirou R$ 9 milhões que estavam aplicados em bancos de primeira linha e “investiu” nos fundos podres da mesma organização criminosa.
Segundo afirmação textual do inquérito da Polícia Federal, no caso de Aparecida, a “aplicação” irregular foi feita “a mando da quadrilha”.
Os dois casos, em termos de valores, são os mais graves apurados pela Polícia Federal até agora.