O Hoje registra que o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), apresenta a “conta” ao governador Marconi Perillo (PSDB). Ele afirma que o Estado precisa desonerar a cadeia do transporte coletivo e construir unidades de saúde de alta resolutividade em todas as regiões de Goiás.
A cobrança foi feita durante entrevista ao O HOJE de Frente com o Poder. “Eu o procurei para uma conversa, mas ele não me convidou para conversar”, disse o prefeito ao jornalista Murilo Santos. Paulo Garcia também não faz aquela tradicional promessa de ficar quatro anos na Prefeitura. Um sinal evidente de que está preparado para se desincompatibilizar e disputar as eleições de 2014. Na entrevista, o petista afirma que”o governador, historicamente, vem de uma linha de desenvolvimento da qual eu não concordo. Eu faço parte de um partido e ele, de outro, que se opõem em todos os cenários da República, mas isso não pode interferir em uma política de Estado.”
Confira abaixo, mais trechos da entrevista:
Prefeito, um dos assuntos do momento é a Operação Miquéias, da Polícia Federal. Onde está aplicado o dinheiro da previdência dos servidores municipais?
Em diversas instituições. Existe o IPSM, que é o Instituto de Previdência Municipal, o conselho de administração e o conselho fiscal e há também a figura de um consultor do ramo de valores imobiliários que nos orienta. E os nossos montantes são elevadíssimos.
Quanto?
Nós devemos ter hoje mais de R$ 250 milhões aplicados. É uma aplicação significativa, não é todo mundo que tem R$ 250 milhões aplicados, não é? Goiânia, que eu saiba, não foi citada nesta operação. O que chama a atenção, prefeito, é que um dos relacionados na operação é o deputado estadual Samuel Belchior (PMDB). E o pai dele, Lauro Belchior, foi o presidente do IPSM.
É verdade.
Isso é apenas uma mera coincidência, na opinião do senhor?
Penso que é uma coincidência, né, até porque não há, por parte de nosso conhecimento e nem por parte dos órgãos fiscalizadores, nenhuma citação de alguma irregularidade. Agora, o que eu espero, não posso fazer pré-julgamentos, eu acho que o direito de defesa e o pressuposto da inocência fazem parte do rito jurídico da consolidação da cidadania e dos direitos democráticos em uma República democrática como a brasileira, um país soberano.