Goiás estrelou no programa Domingo Espetacular, da TV Record, como palco principal do escândalo de poder, sexo e corrupção que dominou as manchetes dessa semana.
A reportagem destrincha o inquérito da Polícia Federal que desvendou a ação da organização criminosa que, com a ajuda de deputados e belíssimas modelos, desviou mais de R$ 300 milhões de institutos de previdência.
A TV Record ouviu o delegado Oslain Santana, da PF, que explicou o modus operandi do grupo. Oslain explicou que os criminosos convenciam prefeitos a investir em fundos de alto risco, depois simulavam a desvalorização dos papeis e ficavam com o dinheiro aplicado. Todos os envolvidos recebiam um naco da grana no rateio.
O repórter Raul Dias Filho viajou a Brasília para mostrar onde a pastinha Luciane Hoepers morava, a 500 metros do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da República. Neste local, Lu pagava R$ 7 mil por mês e levava uma vida confortável.
A Record também mostra a relação de ciúmes entre Lu e as outras gatas que faziam parte do esquema, nominadas como Fernanda, Cynthia e Isabela. Em um dos grampos divulgados, Lu reclama ao chefe da quadrilha, o doleiro Fayed Trabousli, pela forma carinhosa com que ele trata Fernanda.
“Queria que voce sentisse orgulho de mim, e essas coisas não aconteceram ainda. Já com a Fernanda, você deu até cobertura para ela morar”, reclama a louraça.
O repórter Raul Dias passeia pelo pátio da PF e mostra os carrões de luxo apreendidos na operação, como uma Ferrari Pininfarina e uma lamborghini conversível. Em frente à casa do doleiro Fayed, ele afirma que só o terreno vale R$ 1 milhão.
Mas o que mais interessa é que a reportagem aponta o Estado como palco principal para o escândalo. Afinal, a PF descobriu que a quadrilha tinha contatos com políticos de pelo menos 17 municípios. A intermediária, quase sempre, era Luciane Hoepers.
Outro personagem mostrado com destaque são os deputados Samuel Belchior (PMDB), Leandro Vilela (PMDB) e Daniel Vilela (PMDB). O primeiro aparece como lobista do grupo e amigo da “pastinha”. Os outros dois surgem como partes do negócio que a quadrilha queria fechar (ou, quem sabe, fechou).
No diálogo mostrado pela Record, Samuel dá conselhos a Luciane. Pede que ela seja mais profissional e brinca com ela ao telefone.
O trecho é confrontado com uma entrevista que Samuel deu à imprensa no dia 20 de setembro, quando a operação foi deflagrada, em que diz que foi apresentado à lobista por acaso e que teve apenas três ou quatro contatos com a loira.
Segura, Goiás.
