Qual a lógica?
• O procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres, protocolou, nesta sexta-feira (6), um pedido de intervenção do governo Caiado na área da Saúde do Município de Goiânia. Faltou explicar qual o resultado na prática dessa atitude: política ou justiça?
Vamos as contas?
• Hoje é sábado, dia 7 de dezembro. Faltam 24 dias para terminar o ano e a administração de Rogério Cruz. Desses 24 dias temos 4 sábados e 4 domingos, ou seja, sobram 16 dias úteis. Temos feriado de Natal que cai no meio da semana, dois dias de recesso, e ano novo, mais dois dias de recesso. Quantos dias úteis temos? 12 dias. As intervenções não são feitas da noite para o dia. Digamos que em tempo recorde as mudanças levem 5 dias úteis: adaptações, auditorias etc… Sobram quantos dias úteis? 7 dias úteis de um governo em transição.
• Pergunta: o que vai mudar na prática, estamos falando de atendimento nas unidades de saúde, essa tal intervenção? Gostaria muito de saber a lógica usada pelo nobre procurador de justiça.
Caiado culpou o Ministério Público pelo caos
• Caiado culpou também o Ministério Público por não fiscalizar a Saúde no município. Justo ele, que viveu um ano de turbulências na Saúde do Estado, principalmente no Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO), com denúncias de atraso de pagamentos dos servidores, surto de piolho de pombo e até um caso de abuso sexual de um servidor contra crianças na unidade. Será que os olhos da justiça de repente se abriram apenas para o liquidado Rogério Cruz?
O ‘padrinho’ vai ser fiscalizado?
• Tanto no Estado, como no município, um certo Antônio César, ‘padrinho’ de políticos, tem faturado rios de dinheiro com seu cartel da oncologia no Ipasgo e uma grande influência no sucateado Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS) da prefeitura, onde recebeu uma bolada de R$ 18 milhões no período eleitoral. Será que o Ministério Público vai fiscalizar esse cidadão, tão ‘afamado’ no Distrito Federal?
• De que importa intervenção aos 45 minutos do segundo tempo, se foram 4 anos de gentilezas?
Cristiano Silva
Editor