Quando o deputado Samuel Belchior apareceu no plenário da Assembleia, a expectativa era de que ele voltasse atrás na série de mentiras que ele havia dito em sua última entrevista, dez dias atrás.
Mas não voltou. Pelo contrário: reforçou-as.
A primeira delas, e mais flagrante: dizer que não é investigado pela Polícia Federal. Samuel é investigado, sim. A propósito, foi indiciado. Os grampos colhidos pela PF apontam que Samuel era lobista da organização criminosa que desviou R$ 300 milhões de institutos de previdência municipais. Era ele quem apresentava deputados e prefeitos ao time de mulheres esculturais comandado por Luciane Hoepers.
A segunda: Samuel disse que não era íntimo de Luciane. Mentira. Era sim. A prova disso está nos grampos da PF. Samuel a trata como “Lu”, dá conselhos amorosos, chama-a de “chefa” e diz que está “trabalhando bonito por ela”. Sigamos o conselho do próprio deputado e leiamos o inquérito. O que veremos é uma relação íntima entre ele e a “pastinha”.
Em tempo: não se recomenda a políticos no olho do furacão que mintam enquanto detalhes de operações da PF continuam a vazar. O consultor Leopoldo Veiga Jardim deveria saber disso.
