O que, à primeira vista, pode parecer uma grande conquista para Goiás – a indicação do professor Lisandro Nogueira para comandar a Cinemateca Brasileira – pode no final das contas acabar em uma grande decepção.
É que, após 11 anos de gestão do PT, o Ministério da Cultura deixou a Cinemateca em frangalhos. A entidade, hoje, está simplesmente falida.
A situação da Cinemateca é gravíssima. No mês passado foi realizado um ato público, em São Paulo, em favor da reconstrução do órgão. Diretores, produtores, fotógrafos, técnicos cinematográficos, pesquisadores, críticos, curadores, funcionários e ex-funcionários da instituição, professores e estudantes de audiovisual, amantes do cinema foram para as ruas protestar contra a destruição da Cinemateca, que teve a sua equipe técnica desmantelada e hoje não dispõe de condições mínimas para preservar o importante acervo que está sob a sua guarda: 200 mil rolos de filmes, além de uma quantidade inacreditável de livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes.
Esse patrimônio, valioso, encontra-se em processo de deterioração.
É essa situação desesperadora que Lisandro Nogueira vai encontrar, quando assumir a Cinemateca – completamente desmontanda pelas gestões do PT no Ministério da Cultura.
Abre o olho, Lisandro!