• Blindagem?
A proposta de punir igualmente Kowalsky Ribeiro, que aparece armado e ameaçador nas imagens, e Sérgio Dorneles, chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir, que claramente foi intimidado, representa uma distorção grave dos princípios de justiça.
Imagens das câmeras de segurança, divulgadas pelo repórter André Isac no Goiás24horas, mostram Kowalsky colocando uma arma na cintura, apontando para ela e gesticulando de forma agressiva para Dorneles no estacionamento da Câmara Municipal.
A ideia, endossada pelo vereador Anselmo Pereira (MDB), vice-presidente da Casa, coloca vítima e agressor no mesmo patamar, como se ambos tivessem responsabilidade equivalente. Trata-se de uma blindagem explícita ao agressor.
• Inversão
Anselmo Pereira falou em “punição para os dois lados”, sob o pretexto de preservar a imagem da Câmara. O que se vê, no entanto, é uma inversão de valores: ao tentar “estancar a sangria” institucional, transfere para a vítima parte da culpa do episódio.
Isso não fortalece o Legislativo — enfraquece sua credibilidade e sinaliza que, mesmo armado, um agressor pode ser protegido se o cenário político for conveniente. A quem interessa essa falsa simetria entre agressor e agredido?
• Bastidores
Comenta-se nos corredores da Câmara que Kowalsky não sairia sozinho, que levaria um bocado de malandros com ele; que conhece bastidores demais.
Perguntas: a chantagem está posta? Estão tentando calar uma crise com medo de quê? Romário Policarpo vai manter esse cidadão na Câmara ou vai punir junto a vítima da agressão? Ou, ainda, vai escolher o lado certo da história? Afinal, quem realmente está sendo protegido — e por quê?