• O esquema
O presidente da Goinfra, Pedro Sales, vem atuando como o cérebro técnico de uma tentativa descarada de desmontar o sistema de licitação pública em Goiás. Em discurso recente na Assembleia Legislativa, ele ousou afirmar que os processos licitatórios são um “atraso”, sinalizando um perigoso flerte com o compadrio e o uso obscuro dos cofres públicos.
A criação de um “novo modelo” para contratar obras rodoviárias, sem concorrência pública, nada mais é que uma desculpa para beneficiar aliados e facilitar desvios. É a volta do coronelismo travestido de inovação.
• Alerta do Ministério Público
A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira já percebeu o golpe. Não apenas recomendou ao governo estadual e à OSC indicada por Caiado — o tal Ifag — que não celebrem parcerias, como também protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República.
O objetivo: barrar essa manobra por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). A promotora atua como um verdadeiro freio institucional diante do apetite voraz por dinheiro público em tempos de pré-campanha. Sua atuação é um farol de lucidez no meio do breu ético que paira sobre o Palácio das Esmeraldas.