Financiamento
• O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou à Polícia Federal ter enviado R$ 2 milhões ao filho Eduardo Bolsonaro, licenciado da Câmara e atualmente nos EUA. Segundo ele, o valor é legal e não está ligado a atos antidemocráticos.
Depoimento
• Bolsonaro prestou depoimento nesta quinta-feira (5) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a atuação de Eduardo contra autoridades brasileiras.
• O ex-presidente afirmou que os recursos foram transferidos por Pix e que se tratam de “dinheiro limpo”.
• O inquérito apura se Eduardo tentou acionar sanções internacionais contra ministros do STF e órgãos brasileiros, valendo-se da Lei Global Magnitsky.
A Lei Magnitsky
• Usada para punir violadores de direitos humanos, a Lei Global Magnitsky permite sanções como congelamento de bens e proibição de entrada nos EUA, mesmo sem decisão judicial.
• Eduardo é acusado de buscar aplicar a norma contra ministros do STF, em especial Alexandre de Moraes, sob alegação de censura e perseguição política.
Ofensiva internacional
• A articulação de Eduardo nos EUA ganhou força após discurso do senador Marco Rubio, que mencionou possível sanção a autoridades brasileiras.
• O deputado Cory Mills, aliado de Donald Trump, também afirmou haver “censura generalizada” no Brasil.
• Eduardo, licenciado da Câmara desde março, sustenta estar nos EUA para denunciar “abusos” do Judiciário.
Cerco
• O depoimento de Bolsonaro ocorre a poucos dias de outro interrogatório, agora no STF, onde o ex-presidente é réu na ação penal que apura tentativa de golpe de Estado.
• Ele faz parte do chamado “núcleo crucial da trama golpista” e será ouvido na próxima segunda-feira (9).
• O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que Eduardo Bolsonaro age com intenção de intimidar investigadores e magistrados envolvidos nos processos contra o ex-presidente.