quinta-feira , 12 junho 2025
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Bolsonaro pede desculpas a Moraes e diz que nunca teve intenção de afrontar o STF

• “Não tive intenção”

O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento nesta terça-feira (10) ao ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação penal que apura a suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a audiência, Moraes questionou Bolsonaro sobre declarações feitas em uma reunião ministerial de julho de 2022, em que ele criticou membros da Corte, dizendo que eles supostamente teriam recebido de R$ 30 a 50 milhões de dólares para manipularem os resultados das eleições.

Ao ser confrontado, Bolsonaro afirmou: “Era uma reunião para não ser gravada. Então, me desculpe, não tive intenção de acusar de desvio de conduta contra os três.” A fala referia-se a Moraes e aos ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.

• Pedido de desculpas

Além de pedir desculpas, Bolsonaro negou ter cometido qualquer ato ilegal ou fora dos limites constitucionais. “Não me viram desrespeitar uma só decisão. Em nenhum momento eu agi contra a Constituição.

Eu joguei dentro das quatro linhas o tempo todo”, declarou. Ele admitiu que usava palavras duras em seus discursos, mas disse que isso fazia parte de seu estilo. “Muitas vezes me revoltava, falava palavrão, sei disso. Mas, no meu entender, fiz aquilo que tinha que ser feito”, completou. Esta foi a primeira vez em que Bolsonaro e Alexandre de Moraes ficaram frente a frente em audiência sobre o caso.

• Minuta golpista

O interrogatório de Bolsonaro ocorre em uma das fases finais da ação penal que envolve outros sete réus, apontados como integrantes do “núcleo crucial” da suposta conspiração.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente de liderar a articulação, com início em 2021, com discursos contra as urnas eletrônicas e, após a derrota nas eleições, com o suposto apoio à formulação de minutas golpistas.

Em depoimento também prestado nesta segunda, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou que Bolsonaro editou um decreto que previa a prisão de Moraes e excluía outras autoridades da versão inicial do documento.

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