Veja matéria postada no Blog do Jarbas Rodrigues, no site de O Popular:
Vilmar não cederá vaga ao Senado para Caiado
Desde que recebeu um chega-para-lá de Marina Silva (PSB) na semana passada, o deputado Ronaldo Caiado (DEM) tem sido cortejado por lideranças da base do governador Marconi Perillo (PSDB) para aliança em 2014. No encontro dos partidos da base no último sábado, comandado desta vez pelo deputado e secretário estadual da Casa Civil, Vilmar Rocha (PSD), foram vários os discursos para Caiado retornar ao grupo, inclusive do presidente estadual do PSDB, Paulo de Jesus. Esta negociação terá de ser feita entre o deputado e o governador, que ainda não demonstram disposição de abrir este diálogo. Como se sabe, Caiado almeja uma candidatura majoritária. Por ora, para se cacifar, o deputado tem falado de sair candidato a presidente da República.
Mas o projeto de Caiado, até a semana passada, era ser candidato ao governo de Goiás pela terceira via ou ao Senado. Disputar o governo pela base aliada estaria fora de cogitação. O candidato deve ser o próprio governador Marconi. Sobraria a vaga ao Senado, só que Vilmar Rocha já deu o aviso: não pretende ceder. “Meu projeto (candidatura a senador) não sofreu qualquer alteração, até porque não houve nenhuma mudança do nosso lado”, me disse o secretário na sexta-feira.
Além do tempo de televisão maior do PSD comparado com o do DEM para o programa eleitoral de 2014, Vilmar tem a preferência do governador Marconi que, inclusive, já o lançou para o Senado sem levar em conta uma candidatura a reeleição do senador Cyro Miranda (PSDB). Outra leitura da declaração de Vilmar é a de que Caiado é quem entraria em desvantagem nesta negociação, já que o democrata estaria hoje sem alternativas, até mesmo para se reeleger deputado federal (precisaria de uma boa coligação proporcional). As principais lideranças políticas apostam no retorno de Caiado para a base do governador, até pela aliança nacional entre PSDB e DEM. Mas na política o cenário pode mudar em uma semana e ainda faltam oito meses para as convenções partidárias.
