quarta-feira , 15 maio 2024
GoiásImprensa

Arrogante, metido a Dr. Sabe Tudo e implicado com os goianos: eis porque Orlando Loureiro fracassou no jornalismo da TV Anhanguera

A pior audiência da Rede Globo, em todo o Brasil, é registrada em Goiânia. Mas, como? Se a programação é a mesma das outras capitais, onde o menor índice de audiência encontrado é quase o dobro do anotado em Goiás?

A resposta é simples: a programação é quase a mesma. Isso porque, em cada capital, lógico, a programação jornalística é subordinada às questões locais e, portanto, nesse quesito a programação não é a mesma. É é esse o motivo pelo qual a Rede Globo perde audiência em Goiânia. O jornalismo da TV Anhanguera não consegue superar seus concorrentes – TV Serradourada e TV Record.

Raramente, a TV Anhanguera consegue um segundo lugar nos horários de programação jornalística. No geral, fica em terceiro. Em primeiro, jamais.

Como tudo na vida, principalmente em um meio competitivo como a televisão brasileira, alguém tem de ser o responsável pelo fracasso da Rede Globo em terras goianas.

E esse alguém tem nome: Orlando Loureiro, o diretor de jornalismo televisivo que o Grupo Jaime Câmara importou do Rio de Janeiro, depois de uma pesquisa realizada por empresa de head-hunter (caçadora de talentos) contratada por imposição da Rede Globo, que estava e continua exigindo soluções que melhorem o jornalismo da TV Anhanguera e corrijam a sua audiência em Goiás.

Orlando Loureiro chegou como o”salvador da pátria”, destronou Luiz Fernando Rocha Lima, o Nando, e trouxe de fora uma penca de “jornalistas”, nenhum com vivência ou conhecimento da realidade de Goiás – aliás, como ele próprio. Em entrevista a um site especializado, ele definiu Goiânia como “um lugar de gente simples”. Em um raro momento de humildade, ele também reconhece que não sabe “para quem fazer televisão”, devido ao crescimento da classe C no país e às dificuldades para estabelecer os seus gostos, pelo menos em Goiás.

Na entrevista, Loureiro usa 1.200 palavras, mas não passa nem perto do tema da queda de audiência. Ele derrama autoelogios e dá a entender que todas as mudanças que implantou foram bem sucedidas – o que, a se julgar pelos índices de audiência (e não há outro critério, em televisão) parece não ser verdade.

Recentemente, o Jornal Opção publicou 10 cartas de leitores com comentários sobre o trabalho de Orlando Loureiro na TV Anhanguera: apenas uma continha elogios, as nove restantes alinhavam pesadas críticas. Uma delas resumiu o perfil de Loureiro com a seguinte frase curta: “Se fosse bom, não estaria aqui”. E outra arrematou: “O que ele faz é copiar, dando um toque de sofisticação, o foco popular da Record no noticiário. Isso não funciona”.