Veja texto do jornalista Euler Belém no Jornal Opção desta semana:
Euler de França Belém
O Popular comete erros e mostra que não entende nada de MMA
Na semana passada, jornalistas de publicações nacionais e profissionais ligados ao UFC riram muito ao ler reportagens do “Pop” sobre as lutas de Goiânia. Numa reportagem, o jornal anotou: “O presidente do UFC disse também que Hendo estará fadado à aposentadoria, se não sair campeão do Goiânia Arena”. A palavra campeão deveria ter sido trocada por “vencedor”. O cinturão de campeão não foi disputado em Goiânia. O “Pop” confundiu as bolas — ops, as luvas —. possivelmente porque, como a luta principal tem cinco rounds, acreditou que algum “título” estava em jogo. Vale explicar aos repórteres da publicação goiana que o campeão meio-pesado é Jon Jones, que deve lutar brevemente com o brasileiro Glover Teixeira.
Na capa de sexta-feira, 8, o “Pop” deu outra informação errada — que provocou novos risos. Leia: “De um lado, o brasileiro Vitor Belfort. Do outro, o americano Dan Henderson. Este é o card principal do UFC Fight Night 32”. Como se sabe nas outras redações, menos na do “Pop”, card principal significa que algumas lutas, digamos assim, pertencem ao “elenco” (escrevo assim para a turma do “Pop” entender) principal. Ao contrário do que diz o “Pop”, card principal não significa apenas uma luta. O que o jornal poderia dizer, e aí teria acertado, é que a luta entre Belfort e Dan Henderson era a luta principal do evento.
No shopping Bougainville, um dos mais frequentados pelos lutadores e suas equipes, um americano que fala um português razoável perguntou a um repórter do Jornal Opção: “O significa a palavra ‘umtreino’?” O jornalista explicou que o repórter do “Pop” havia cometido um erro e, por isso, duas palavras, “um” e “treino”, haviam sido publicadas coladas. O riso se transformou em gargalhada que contagiou a mesa dupla formada por oito pessoas, no terceiro piso do shopping, a área de lanches.
Jornalistas nacionais e internacionais e pessoas do UFC também questionaram o fato de as reportagens do “Pop” serem “fechadas” na internet. Rindo, mais uma vez, disseram que os grandes jornais “fecham” parte de seu material, mas têm portais formidáveis — o que o jornal goiano não tem. Seu portal, se pode ser chamado assim, é de um amadorismo que assusta, dada a infraestrutura gigante (e nada amadora) do Grupo Jaime Câmara.
