quinta-feira , 2 maio 2024
Goiás

Jornal Opção: impasse sobre a Celg está resolvido. Ações serão repassadas à União

Veja a matéria:

Estado x União

Impasse da Celg e Eletrobrás é resolvido e ações serão repassadas para a empresa federal

As empresas irão avaliar a Celg D como se o contrato fosse vencer em 2015 e em 2045. Posteriormente será decidido pelo governo federal se o contrato deve ser fechado levando em conta a prorrogação de mais 30 anos ou não

Sarah Teófilo

Das premissas que precisavam ser resolvidas para o fim da novela das ações da Celg, restava somente uma relacionada às Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD). O presidente da CelgPar, Fernando Navarrete, afirmou ao Jornal Opção Online que conversou na manhã desta quinta-feira (14/11) com o diretor financeiro da Eletrobrás, Armando Casado, sobre o problema relacionado a PCLD, que segundo ele está revolvido. “Já não existe uma única premissa que não esteja convergente para firmarmos efetivamente o acordo”, afirmou o presidente. De acordo com ele, espera-se que as avaliações comecem na próxima segunda-feira (18) e no máximo em um mês uma nova avaliação das empresas (Deloitte, para a Eletrobrás, e a Funape – UFG, pela Celg) seja feita e o acordo de compra e venda das ações esteja firmado.

O problema das PCLD acontecia basicamente pelo fato de a Eletrobrás querer que o Estado comprasse as dívidas das prefeituras com a Celg. A CelgPar afirmava que os créditos que estão sendo pagos em dia, ou seja, que estão no fluxo, não representam risco à Eletrobrás; e as que não estão no fluxo, o presidente afirma que a contabilidade da Celg já fez a provisão, tirou da receita e fez a dedução. “Ou seja, não há necessidade alguma de negociar com o tesouro estadual”, sustentou o presidente. Desta forma, agora a Eletrobrás irá checar esta questão, e as avaliações serão realizadas. “Mas eu e o Armando já conversamos. Está tudo encaminhado”, disse Navarrete.

Segundo o presidente da CelgPar, o que falta para o acordo é um preço. Depois disso, não haverá mais nada que impeça passar as ações definitivamente para a Eletrobrás. De acordo com ele, vale lembrar que a Celg já está sob a gestão da Eletrobrás. “Tudo já está por conta deles. O que falta é só entregar os papéis.”

Outro problema que agravava as negociações é a questão relacionada à prorrogação de contrato. O Estado calculou o preço baseando-se em 2045, enquanto a Eletrobrás fez o cálculo pressupondo que o contrato teria fim em 2015. Obviamente, o valor da concessão tinha um valor bastante discrepante nos dois casos. Houve uma divergência substancial, em que a Eletrobrás avaliou a empresa em 500 milhões (baseando-se em 2015) e a Funape – descontada a dívida da companhia – avaliou 4 bilhões (baseando-se em 2045). “Ninguém compra companhia para liquidar em dois anos”, afirmou Fernando Navarrete.

De acordo com Navarrete, este não era de fato um problema, e agora será feita uma avaliação dos dois cenários, sendo que posteriormente o Estado e o governo federal decidirão qual será considerado. “Mas eu não tenho dúvida de que será considerada a prorrogação até 2030, já que está previsto no capítulo II da Lei 12783/13”

Divergências

O diretor Financeiro da Celg D, Oscar Salomão afirmou algo diferente do que foi dito por Fernando Navarrete. De acordo com ele, o problema central é a questão da prorrogação do contrato. “Não tenho a mínima ideia se vai ser prorrogado ou não. No contrato, está até 2015. Não posso afirmar nada”, explico