Revista Veja reforça que o livro apresenta documentos inéditos de alguns casos emblemáticos do modus operandi para comprovar a existência de uma ‘fábrica de dossiês’ no coração do Ministério da Justiça. “Uma das primeiras vítimas dessa engrenagem, ressalta o texto, foi o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Senador à época dos fatos, Perillo entrou na mira do petismo quando revelou à imprensa que tinha avisado Lula da existência do mensalão”. O autor conta que em 2010 o então ministro da Justiça Luiz Paulo Barreto entregou em suas mãos um dossiê apócrifo sobre contas no exterior do tucano. As ordens eram expressas: Tuma deveria abrir uma investigação formal. O trabalho contra Perillo, revela o autor, havia sido encomendado por Gilberto Carvalho, então chefe de gabinete do presidente Lula. Contrariado, Tuma Júnior refutou a “missão” e ainda denunciou o caso ao Senado. Esse ato, diz o livro, foi o primeiro passo do autor para o cadafalso no governo, mas não impediu novas investidas. A fábrica de dossiês voltou então a sua anilharia contra o então senador Tasso Jereissati (PSDB), severo opositor de Lula no Congresso.