Veja matéria publicada no jornal O Popular deste domingo:
“Não considero isso uma consulta. É falta de respeito”
O serralheiro Willian Ferreira dos Santos, de 31 anos, passou pela mesma situação e em tempo ainda menor do que a doméstica Maria de Nazaré. Com crise de rinite alérgica, ele acordou bem cedo na quinta-feira, dia 19 e foi ao Cais do Nova Era. Lá, foi consultado em 32 segundos e 35 milésimos. Assim que começou a relatar as dores no corpo e a gripe, o médico indicou que pudesse ser dengue e receitou para que ele fizesse um exame de sangue. “Não considero isso uma consulta. Acho uma falta de respeito com o cidadão”, indignou-se.
Willian fez o exame, não foi confirmada a suspeita de dengue e ele retornou para casa, após tomar uma injeção no Cais. À tarde, O POPULAR foi até a casa dele no Setor Tocantins, em Aparecida de Goiânia, e os sintomas ainda persistiam. Tanto, que ele não conseguiu ir trabalhar. “A enfermeira que fez a minha triagem, depois de eu preencher a ficha, foi muito mais médico do que o senhor que me consultou”, considera. E essa situação, segundo ele, é corriqueira.
A rinite crônica lhe atormenta de tempos em tempos. Certa vez, mesmo depois de procurar atendimento nos Cais do Nova Era e da Chácara do Governador, as crises alérgicas persistiram por mais de um mês. Restou a Willian procurar e arcar com os custos da rede particular. Ele conta que passou por uma bateria de exames, foi medicado e, em três dias, os sintomas amenizaram e ele pôde trabalhar tranquilamente. “Senti muita diferença”, conta.