Com um auxiliar como Antonio Carlos de Lima, da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus), o governador Marconi Perillo não precisa ser atacado pela oposição para ser manchete negativa nos jornais.
Com declarações que beiram o absurdo, em entrevista ao jornal O Popular, o secretário Antonio Carlos trouxe para Goiás a crise presidiária que tem o Maranhão como o seu principal foco.
Segundo o secretário, em Goiás é o “crime organizado” que manda nas prisões. Essa afirmação é absurda porque, até agora, não há nenhum fato concreto mostrando que, aqui no Estado, organizações criminosas desenvolvam operações dentro das penitenciárias regionais.
Ainda que as condições do sistema prisional, em Goiás, estejam longe da situação verificada no Maranhão, a declaração de Antonio Carlos de Lima – por se tratar justamente da autoridade estadual máxima no setor – detona o Governo, muito mais que qualquer ataque da oposição.
E, pior ainda, pela falta de base. Embora curta, a fala do secretário de Administração Penitenciária e Justiça mostra ingenuidade, despreparo e – por que não? – até irresponsabilidade. Ele “cria” um “comando paralelo” das prisões em Goiás, exercido por criminosas, sem nenhuma comprovação real de que isso realmente está acontecendo aqui no Estado.
De novo: com um secretário desses, que Governo precisa de oposição para se desgastar?